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Linux e discos SATA

“Vítor, sou um leitor assíduo do pplware e já reparei que das umas boas ajudas. Estou a tentar instalar um sistema operativo linux (já tentei várias distribuições) num disco SATA, mas deparo-me sempre com o mesmo problema o SO não detecta o disco SATA. Será que me podes dar uma ajuda??? Hugo”

Caro Hugo, daqui quem te escreve não é o Vitor, mas sim o Pedro. Não vais notar muita diferença pois trocaste um cromo por outro igual ou pior. Não é normal existirem problemas desses nas instalações de linux. Por norma as diferentes distribuições vêm preparadas para detectar os discos (e restante hardware) e instalar em qualquer tipo de discos. Mas como sempre não acredito em sistemas perfeitos. E para subverter os dogmas cá estão os utilizadores. Mas deixemo-nos de contemplações pseudo-filosoficas e passemos à questão que colocaste. Vou ser sincero, nunca me tinha aparecido tal dúvida. É como te disse, ou é com RAID, ou sem, mas é criar as partições em cima do que o linux detectar na instalação.

Mas resolvi investigar um pouco no google, de onde se consegue tirar quase tudo, e consegui reunir alguma informação que espero ser útil.

Em primeiro lugar deves escolher uma distribuição recente e com suporte anunciado para SATA. O exemplo que vou dar abaixo funciona em Ubuntu, mas penso que deverá ser possível “estender” esta receita a outras distribuições.

Em primeiro lugar mete um live cd (Ubuntu naturalmente) e numa shell executa o seguinte comando: sudo fdisk -l Algures no resultado deves ter uma linha referente ao SDA (disco SATA). Exemplo:

Disk /dev/sda: 203.9 GB, 203928109056 bytes255 heads, 63 sectors/track, 24792 cylinders

Units = cylinders of 16065 * 512 = 8225280 bytes

Device Boot      Start         End      Blocks   Id  System

/dev/sda1   *           1        5099    40957686    7  HPFS/NTFS

/dev/sda2            5100        6315     9767520   93  Amoeba

/dev/sda3            6316        6923     4883760   83  Linux

/dev/sda4            6924       24792   143532742+   5  Extended

/dev/sda5            6924        7531     4883728+  83  Linux

/dev/sda6            7532        8139     4883728+  83  Linux

/dev/sda7            8140        8747     4883728+  83  Linux

/dev/sda8            8748        9355     4883728+  83  Linux

/dev/sda9            9356        9963     4883728+  83  Linux

/dev/sda10           9964       10571     4883728+  83  Linux

/dev/sda11          10572       11179     4883728+  a9  NetBSD

/dev/sda12          11180       11787     4883728+  83  Linux

/dev/sda13  *       11788       12395     4883728+  83  Linux

/dev/sda14          12396       23916    92542401   1c  Hidden W95 FAT32 (LBA)

/dev/sda15          23917       24792     7036438+  83  Linux

Caso apenas te apareça informação referente a HDA então o teu disco não é reconhecido pelo Ubuntu. Nesse caso então deves fazer o seguinte:

Reinicias o Ubuntu e no arranque, onde decides o que fazer, carregas na tecla F6, para adicionares à linha de boot o seguinte parâmetro: pci=nomsi ao final da linha.

É aqui que a magia acontece. Após isto o Ubuntu arranca e podes proceder à instalação sem problemas.

No final dessa instalação é necessário adicionar de forma permanente o pci=nomsi ao arranque do Ubuntu. Para isso deves fazer o seguinte: sudo gedit /boot/grub/menu.lst Metes a password de root que definiste e será aberto um ficheiro para edição. Atenção ao que é adicionado/removido deste ficheiro pois é aqui que são feitas a definições de boot e em caso de asneira, adeus Ubuntu (pelo menos essa instalação).

Deves procurar uma linha com o seguinte: kernel /boot/vmlinux-2.16.17.10-generic root=/dev/sda1 ro quiet splash (ou algo parecido) e adiciona pci-nomsi ao final da linha. Deverá ficar algo como: kernel /boot/vmlinux-2.16.17.10-generic root=/dev/sda1 ro quiet splash pci=nomsi Grava e está pronto. Da próxima vez que o Ubuntu for iniciado já vem com a magia feita.

Parte desta informação foi recolhida daqui e a restante daqui

Voltando um pouco atrás. Caso o teu disco SATA não seja reconhecido desta forma então prevejo-te sérios problemas, mas não te quero alarmar. Quase tudo tem solução e ainda para mais neste nosso meio.

Caros leitores, depois deste longo texto e desta possível solução, fica aberta a “via” para que contribuam com as vossas experiências. Já passaram por isto? Como o resolveram? Links, imagens e tudo o que possa ajudar o Hugo (e todos os outros Hugos que têm problemas) serão bem vindos!

Aguardo as vossas opiniões e dicas.

Obrigado.

Pedro Simões

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