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iPhones roubados nos motins de Londres à venda na internet

Londres tem sido alvo de batalhas campais onde a anarquia tem sido a principal protagonista. Inúmeros estabelecimentos têm sido completamente saqueados e vandalizados. Estes actos têm tido um impacto bastante negativo para alguns dos gigantes tecnológicos que registaram prejuízos avultados. Por exemplo, um armazém da Sony foi completamente destruído e houve relatos de inúmeros equipamentos tecnológicos roubados.


Era apenas uma questão de tempo até algum do material furtado fosse descoberto à venda na internet. Um dos casos mais polémicos e flagrantes que chamou a atenção da comunicação social foi a de um indivíduo anónimo que tentou vender no site Craiglist, 40 iPhones de 16GB.

Poderia até ser um negócio legitimo de um representante Apple que quisesse dar andamento a uma acumulação dos dispositivos da Apple. Mas o que chamou a atenção é que a data de criação de anúncio foi o dia 8 de Agosto que coincide na terça-feira a seguir aos motins ocorridos no fim de semana em Londres.

Algumas das dúvidas da origem duvidosa do material são dissipadas ao olhar para o preço unitário. O responsável do negócio pede cerca de 320 libras por unidade, qualquer coisa como 365 euros, o que em terras lusas é uma verdadeira bagatela. Além do preço de saldo apresentado, é ainda de desconfiar a alegada pressa que o vendedor tem em se desfazer do material, que está patente na descrição do negócio:

“Todos os iPhones são inteiramente novos e selados. Nenhuma das unidades foi aberta da caixa e vem com 2 anos de garantia. Posso fazer um desconto se mais do que três unidade forem adquiridas”.

Esta notícia serve de alerta para que desconfie especialmente nestas condições destes negócios da “China” (vindos de Londres). Embora, a venda de material roubado não tenha impacto significativo em países como Portugal, conhecemos casos de grupos de amigos que já se organizaram em ocasiões anteriores para comprar iPhones noutros países (entre os quais a Inglaterra) de modo a conseguirem um preço mais em conta.

Não será certamente o último anúncio suspeito oriundo da Inglaterra que veremos nos próximos tempos. Mas infelizmente, este exemplo demonstra que o que se passa na Inglaterra não é apenas um fenómeno social bem organizado, mas esconde também por baixo vários interesses. Este conjunto de incidentes em terras de sua majestade alimentam um mercado negro onde gadgets como o iPhone podem ser pérolas altamente lucrativas. [via]

Apple reage a estes tumultos e encerra as lojas Apple de Inglaterra

 


Como é natural, depois do que se tem assistido em Londres, o comércio não arrisca a manter as suas lojas abertas e mantém as portas fechadas.

A mesma decisão teve a Apple na App Store do país, não abrindo as portas ao público nestes dias. Os seus produtos foram retirados, para evitar que sejam roubados e danificados, como temos vindo a observar pelas imagens que nos chegam, e esta decisão irá ser mantida até que a situação se acalme nas ruas londrinas.

A AppStore Liverpool One foi uma das abrangidas pela decisão, e moveu os seus serviços para o piso superior. O consultor Edd Withers referiu, via Twitter, que a loja retirou todos os produtos que se encontravam nas fachadas e vitrines, devido à agitação. Os rumores indicam que as App Store Meadowhall e a App Store Cabot Circus estão também a tomar as mesmas providências.

Esta atitude não serve apenas para prevenir pois, ao que parece já houve saqueadores que tentaram mesmo invadir uma loja da Apple num shopping de Manchester.

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