Aclamado por uns, criticado por outros, o iPad está ainda longe de ser consensual, estando à espera do derradeiro escrutínio, o consumidor. Vários artigos de opinião espalhados pela blogoesfera, têm apontado algumas falhas importantes na concepção do novo “brinquedo” da Apple. Mas será que essas falhas são razões mais do que suficientes para afastar o interesse dos potenciais consumidores e público-alvo? Um estudo prova claramente que não.
O trabalho da autoria empresa RBC Capital Markets, onde foram inquiridas mais de 3200 pessoas, no início do mês de Fevereiro deste ano, revela agora um dado interessante. O iPad, está a ter uma expectativa ao nível da procura superior ao mesmo estudo efectuado quando surgiu a primeira versão do iPhone. Do universo de inquiridos, 13% estão de alguma forma convictos que quase de certeza irão adquirir um iPad mal este esteja disponível, ora se compararmos na altura em que estava previsto lançamento do iPhone apenas eram 9% as pessoas interessadas.
O estudo também demonstra um dado curioso, apesar de geralmente os produtos da Apple serem apontados para um perfil de consumidores de média/alto poder económico, o modelo mais económico de 16GB com Wifi é o que reflecte maior preferência dos consumidores. A par do modelo anterior, a maioria dos inquiridos demonstra maior interesse no iPad mais dispendioso de 64GB com conectividade Wifi e 3G.
O Estudo também demonstra que apenas 8% dos inquiridos, se queixam do preço excessivo do iPad, contrastando com os 28% do mesmo estudo realizado ao iPhone, que alegadamente não estariam dispostos a pagar para obter o Smartphone da Apple.
As principais tarefas que os utilizadores pretendem realizar neste iPad, são em primeiro lugar a navegação na internet, ver o seu email e ler eBooks. Apenas 24%, demonstram interesse em ver vídeos neste dispositivo, talvez seja essa uma das razões pelas quais a Apple não está muito preocupada em não ter suporte de flash no seu dispositivo.
Como se trata de um estudo de opinião recolhido num universo de população limitado, terá sempre uma percentagem de erro e um peso subjectivo. No entanto, estudos como este são geralmente encomendados pelas empresas que desenvolvem um novo produto, a empresas do ramo de sondagens.
Talvez seja por ter dados semelhantes a estes, que a Apple apostou nesta nova categoria de produtos. E a julgar por este estudo, o iPad terá muito mais potencial do que se esperaria. Será que o interesse dos utilizadores pela vertente mais económica do iPad, revela que estamos perante a resposta da Apple aos netbooks? Apenas o tempo e a receptividade do consumidor final o dirá.digitaldaily