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Inteligência Artificial já está a mudar a Saúde em Portugal

A tecnologia do momento chama-se Inteligência Artificial e ganhou maior destaque graças ao projeto da Open AI, o ChatGPT. Também em Portugal a Inteligência Artificial está já a criar várias mudanças. Saiba o que está a mudar na área da Saúde.


Inteligência Artificial: avaliador de sintoma digital, chatGPT, entre outros…

Como em outros países, também a utilização de Inteligência Artificial está a revolucionar o setor da saúde em Portugal. Esta tecnologia proporciona aos doentes uma forma eficiente de diagnosticar, monitorizar e receber assistência médica.

Paula Brito Silva, da CUF, revelou o impacto da Inteligência Artificial num conjunto de debates organizados pela Universidade Nova e pela CNN Portugal.

Estamos a entrar num movimento muito disruptivo. A Saúde, até agora, era uma relação muito desigual. Estas ferramentas põem uma grande responsabilidade no próprio [utente], que antes ia ao médico e este lhe dizia o que tinha

A CUF tem em funcionamento um avaliador de sintoma digital na sua aplicação móvel. Este sistema combina a “inteligência artificial” com “o conhecimento médico e a evidência científica” para permitir aos doentes perceberem as possíveis causas para os seus sintomas e receberem o acompanhamento clínico adequado. “Este sistema permite, a partir de um primeiro sintoma que a pessoa tenha, responder a um conjunto de perguntas na nossa aplicação que lhe dá uma probabilidade de diagnóstico no final e faz-lhe o encaminhamento automático. É uma espécie de pré-rastreio”, referiu Paulo Silva.

Foi revelado também que há já projetos piloto com recurso ao ChatGPT. Um desses projetos, responde de forma inteligente aos utentes que fizeram uma cirurgia em ambulatório e precisam de fazer um follow-up.

Em fevereiro de 2023, o Hospital da Luz, em parceria com o Instituto Superior Técnico, começou também um projeto-piloto com 50 pacientes voluntários com pelo menos duas doenças crónicas. Os especialistas vão utilizar sensores dos smartwatches ou tapetes colocados no colchão da cama para monitorizar a atividade física diária e a qualidade do sono.  O projeto espera conseguir descobrir tendências ou aspetos das doenças que podem ter passados despercebidos, através da capacidade que a Inteligência Artificial tem para descobrir padrões.

Liliana Ferreira da Fraunhofer Portugal revelou também que a empresa trabalha há vários anos com a Inteligência Artificial “num espectro muito alargado”, com projetos na área da visão computacional, da deteção de risco em imagens de pele, com a deteção de melanoma ou dos parasitas da malária em amostras de sangue, na monitorização e no acompanhamento dos doentes, por exemplo.

Apesar de toda a potencialidade da Inteligência Artificial coloca-se também como desafio o tratamento e armazenamento dos dados. Segundo a IBM, um pessoa gera aproximadamente 200 terabytes de informação médica ao longo da sua vida.

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