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Infidelidades virtuais dão azo a novo negócio!

Empresas e produtos de espionagem online proliferam. Falar através de um ecrã de computador ou de um teclado de telemóvel é, muitas vezes, mais simples do que fazê-lo cara a cara. Sobretudo quando a conversa inclui sedução e um dos interlocutores sofre de um mal muito comum, chamado timidez. Por isso mesmo, e porque nos tempos modernos nem sempre existe tempo para a sedução tradicional, as relações virtuais são uma realidade crescente.


Manifestações de carinho como sorrisos, abraços, beijos e outras coisas mais, podem ser transmitidas com facilidade e rapidez, carregando numas poucas teclas. Uma coisa leva à outra e assim surgiu o sexo virtual.

No mundo virtual, como no real, muitas destas relações são extraconjugais e configuram uma traição. De tal maneira que está a crescer um novo negócio em torno desta realidade: os detectives privados virtuais, para descobrir infidelidades virtuais.

Saber tudo o que o outro vê, lê e escreve

Malas e bolsas com localizadores GPS, que permitem a todo o tempo saber onde anda a cara-metade estão à venda por valores entre 150 e 300 euros, programas informáticos que seguem pistas de e-mail e serviços online de fornecimento de provas são alguns dos produtos disponíveis nesta nova indústria, refere o «Cinco Dias».


Por exemplo, há programas informáticos que redireccionam SMS e e-mails para outros destinatários e guardam um registo de todas as páginas de internet e correio visitadas pelos alvos da espionagem, e custam apenas 35 euros. É até possível obter um relatório a cada 15 minutos, sem que o alvo perceba. Tudo de forma simples e discreta.

Embora não existam certezas quanto ao valor envolvido nesta novo negócio, no último ano e meio (diz quem sabe), é notório de disparou.

O jornal espanhol cita Francisco Canals, responsável pelo Observatório Espanhol de Internet e um dos maiores pesquisadores da Web, para captar tendências. «Em 2008 publicámos um estudo onde concluíamos que existia um milhão e meio de pessoas com «affairs» virtuais. Agora esse número deve ser muito maior, devido ao crescimento das redes sociais como o Facebook ou o Twitter», explica o especialista.

Affair virtual é escape da vida real

O próprio Canals fez-se passar por adúltero durante um mês e comprovou o amplo mundo de possibilidades oferecido na Internet: chats especializados não só por idades, mas também por tendências: casados com casadas, casados com solteiras e por aí fora.

A indústria cresceu tanto que levou não só a um forte aumento do negócio das agências de «espionagem» já existentes, mas também ao surgimento de novas agências. Algumas desenham programas informáticos por 35 euros, que seguem todo o tipo de pistas para apanhar os infiéis em flagrante. Outras, encarregam-se de conseguir provas.

Especialistas em psicologia explicaram ao jornal espanhol que a Internet funciona como um escape para casais que atravessam fases difíceis. A maioria não tem intenção de ser infiel quando começa uma conversa online, e a vontade surge depois, à medida que o indivíduo vai alimentando um mundo de fantasia. Do total de 2,5 milhões de pessoas que vivem «flirts» na net, 10% acabam por se encontrar pessoalmente para manterem relações sexuais.

Casos online já dão origem a divórcio

São sobretudo os homens que embarcam nestas aventuras, já que as mulheres só se voltam para estas fantasias quando todos os outros tipos de relação falham.

O reflexo desta realidade começa a chegar aos escritórios de advogados. Depois dos casos de adultério convencional, agora chegam os divórcios porque um dos cônjuges foi traído e trocado por um «ciberamante». Agência Financeira

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