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Hyundai Kona recebe 20 mil encomendas e marca fica sem capacidade de resposta

A Hyundai apresentou em fevereiro passado o seu SUV Kona Electric. Este veículo, que em Portugal chamar-se-á Kauai, terá uma autonomia para cerca de 470 km, na versão mais cara. A outra versão mais barata terá uma autonomia de 300 Km, mas irá oferecer o mesmo conforto tecnológico.

Na semana passada, a empresa apresentou preços para alguns mercados, entre eles o mercado norueguês. Lá, a versão de 64 kWh do SUV terá um custo competitivo de 33.990 euros, o que, juntamente com sua ampla autonomia e potência de motor, levou a uma avalanche de pedidos sem precedentes.


Hyundai não tem mãos a medir

Os veículos elétricos estão na moda e o mercado simplesmente não consegue dar conta de tantas encomendas. A Hyundai apresentou em fevereiro passado o SUV Kona, um veículo com características acima dos que o mercado tem vindo a oferecer e com preços muito competitivos.

Depois de se saber o preço na Noruega, em apenas alguns dias, com a possibilidade de fazer uma reserva, sem depósito, a Hyundai viu a sua caixa de correio preenchida com nada menos que 20.000 solicitações de pessoas interessadas em obter uma unidade. Este valor de encomendas simplesmente colide com a pretensão da marca no que toca a vendas projetadas para aquele mercado. Segundo o que foi veiculado, este ano a empresa asiática apenas teria intenções de colocar à venda 2.500 unidades.

Isso significa que o interesse excede as unidades disponíveis em oito vezes. Um sinal alto e claro de que o mercado está pronto para o carro elétrico, e que agora o problema já não é a autonomia, o preço ou a rede de recarga. O principal problema neste caso é a baixa capacidade de produção do fabricante asiático.

 

Noruega: Kona com 20 mil unidades encomendadas em poucos dias

Podemos pensar que dos 20.000 pedidos, nem todos se irão materializar na compra efetiva. São reservas online sem deixar nenhum sinal. Mas mesmo se removermos um número significativo de reservas das encomendas do Kona, por exemplo, 50%, ainda existiriam 10.000 pedidos firmes. Algo que se tornaria um terço das vendas na Noruega de carros elétricos no ano passado na íntegra, e entre todas as marcas.

Claro que a Noruega é um mercado muito especial. Eles têm um rendimento per capita dos mais altos do mundo, têm igualmente uma generosa ajuda pública e altos impostos sobre carros a diesel e gasolina. Algo que faz com que o elétrico seja ainda mais barato. Mas, ao mesmo tempo, vemos que mesmo um mercado tão pequeno, se a oferta for dimensionada à procura, se for equilibrada com as possibilidades, as empresas vão conseguir alcançar números espetaculares a curto prazo.

A situação levou a que a Hyundai fechasse as encomendas do SUV elétrico Kona algumas horas depois de confirmar o seu preço. Algo que indica que a procura é, possivelmente, muito maior do que nos mostram estes números impressionantes. Algo que deve incentivar as marcas a redobrar o seu compromisso com os carros elétricos, se não quiserem ficar fora do mercado no curto prazo.

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