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HTC One X – Primeiras impressões

Só apenas há cerca de um ano é que se começou a ver telemóveis dual-core e tudo começou com o LG Optimus 2X para quem não se lembra. Desde então não tem havido muita evolução no campo do hardware tendo-se verificado grandes melhorias a nível de software, tanto do sistema operativo Android como do próprio Kernel que cada vez tem melhores drivers SMP para lidar com multi processadores.

Para contrariar esta tendência e para inovar (numa altura que já se justificava) a HTC brindou-nos com o primeiro smartphone Quad-core do mundo, o HTC One X.

É importante que qualquer pessoa saiba que ter mais cores não significa quatro vezes mais performance. A melhor analogia possível é fazer uma comparação com uma auto-estrada, cada core sendo uma faixa de rodagem. Por cada faixa de rodagem que se acrescente a quantidade de carros que podem passar ao mesmo tempo praticamente duplica contando que vão todos à mesma velocidade. Sendo assim com quatro faixas de rodagem podem passar quatro carros ao mesmo tempo lado a lado. Acontece o mesmo com um smartphone, consegue-se tirar partido dos (neste caso) quatro cores utilizando quatro threads na aplicação.

Ora bem é aqui que entra um problema. O que acontece se as aplicações não utilizarem threads? É muito simples funcionam como se fosse um Single-core. É este o grande paradigma dos sistemas com processadores multi-cores. Teoricamente são mais rápidos, mas se não houver quem tire partido dessa rapidez então nada feito. Claro está que para multi tasking quantos mais cores melhores, mas aí nem há qualquer dúvida dos benefícios de se ter pelo menos mais do que um core.

Um dos melhoramentos do Android 4.0 foi começar a tirar partido de hardware multi-core para que o sistema fosse realmente mais rápido e mais fluído, ainda por cima estando o Android a correr em cima de uma máquina virtual Java (chama-se Dalvik) toda a performance é bem-vinda.

É neste panorama que entra o HTC One X. Vamos então conhecer o interior deste “monstro” de processamento:

Características impressionantes certo? Será que se traduzem no uso do telemóvel?

Sim, sem dúvida. O ecrã é o melhor display que alguma vez vi num aparelho móvel. A definição das letras, dos ícones, a reprodução de cor, o brilho…é sem dúvida um regalo para os olhos. Pude testa-lo com o Galaxy Nexus e o Galaxy Note lado a lado e sem dúvida que este Super Clear LCD2 coloca a fasquia muito mais alta. Na cor preta é que este ecrã não fica ao nível de um AMOLED, mas a reprodução de cor é tão boa que o preto acaba por ser secundário.

Depois a qualidade de construção é qualquer coisa de incrível. Adeus plásticos, olá polycarbonato. Isto fornece-nos uma estabilidade muito superior a qualquer outro aparelho. A sensação de tocar na capa traseira do One X é muito gratificante pois é suave ao mesmo tempo que é rija e resistente.

Em termos de performance nota-se claramente uma fluidez acima do que estamos habituados num Android. E aqui entra o Sense 4.0. Eu sempre detestei o Sense e admito que fiquei a gostar depois de utilizar esta última versão. Suavidade navegando nos menus, sem quebras nem lags e todas as acções acontecem de forma quase instantânea. Ainda há muita margem de progressão para este Sense, mas está definitivamente no bom caminho. A nível de benchmarks para os interessados conseguiu-se quase 11 mil pontos no Antutu, quase 5 mil no Quadrant e 33 mil no Benchmark & Tuning. Falar de performance é complicado pois cada pessoa tem os seus gostos e níveis de agrado, mas estou certo que este Tegra 3 é bastante poderoso e isso nota-se facilmente neste dispositivo.

A nível de som fiquei muito bem surpreendido. O Beats Audio dá um toque extra de definição, principalmente nos headphones AKG que eu uso. O Beats Audio é basicamente um equalizador de som programado pela HTC e que assim que se activa nota-se logo muita diferença.

Com apenas uma hora de uso do One X é difícil arranjar mais adjectivos que caracterizem este telemóvel. Com o pouco tempo que tive para o conhecer não encontrei uma única falha, portanto a HTC está de parabéns.

O One X distingue-se dos seus concorrentes no ecrã, na performance, na qualidade de construção e na qualidade de som. Para mim foram razões suficientemente boas para ter encomendado um há poucas horas.

Fica uma galeria de imagens alusivas a este terminal para ficarem de água na boca.

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