As pessoas ainda não perceberam o impacto que uma impressora 3D irá trazer à vida de cada um, o que mudará em termos das coisas, do ter na hora, do fazer agora, do criar em vez de comprar. É verdade que será uma revolução no consumo, onde os danos colaterais serão grandes e a transformação do comércio fará baixas, mas já pensou que com uma impressora 3D em sua casa irá poder imprimir o que lhe apetecer?
Veja este caso, chama-se Hovalin e é um violino inspirado nos Stradivarius mas impresso numa impressora 3D.
Todos os dias vemos evoluções tremendas do segmento das impressoras 3D, lembram-se do homem que recebeu costelas de Titânio impressas em 3D?
Pois bem, não há para já um limite ao que se pode criar, pois a tecnologia todos os dias dá saltos que permitem avanços incríveis. Hoje falámos de um instrumento distinto, o violino sob a forma de um projecto muito interessante.
Hovalin é um projecto Open Source que permite a qualquer pessoa imprimir um violino acústico numa impressora 3D. Os responsáveis pelo projecto dizem que os custos dos materiais rondam os 70 dólares e que o resultado é totalmente funcional.
Em termos de design o Hovalin foi inspirado no mítico e lendário Stradivarius. Agora vamos imaginar uma impressora 3D que permite imprimir um instrumento funcional a um custo de pouco mais de 65 euros. Já está a ver que estes dispositivos estão cada vez mais versáteis, acessíveis e acima de tudo… ousados.
Mas atenção ao uso comercial
Há uma advertência no site do projecto feita pelos responsáveis do Hovalin. Estes indicam que o projecto e o desenho, criado com o software Autodesk Fusion 360, faz uso de uma licença Creative Commons (mais concretamente a CC BY-NC-SA), contudo o curioso deste caso é que essa licença permite utilizar, modificar e distribuir o desenho, mas com uma restrição curiosa!
Pois é, o curioso desta licença é que se este instrumento for usado com fins comerciais, os responsáveis desta licença, a empresa HOVA LLC, exigem que o artista lhes envie 10% das receitas pelo uso do desenho a cada 6 meses.
Bom, aqui haverá certamente muito o que discutir e há depois outros detalhes que devem ser vistos e revistos, até porque o som de um violino de “plástico” deverá ter um som que se distancia muito, digo eu, de um som de outro fabricado nas mais distintas madeiras. Mas como tudo está a mudar, nunca se sabe a que caminhos levará esta revolução dos instrumentos impressos em 3D.