Já não é a primiera vez que ouvimos histórias onde a tecnologia é prejudicial à saúde do utilizador.
Ainda há bem pouco tempo demos a conhecer uma mulher que desenvolveu alergia a redes wi-fi e hoje divulgámos o caso de um britânico alérgico ao seu novo iPhone 6, tendo sofrido diversas erupções cutâneas graves e, por essa razão, exige que a Apple seja mais clara sobre as consequências dos seus equipamentos na saúde dos seus utilizadores.
Imagine que adquiria um smartphone novo, de preço considerável e, passado algum tempo, dava-se conta de que era… alérgico ao equipamento. No mínimo, ficaria chateado com a situação.
E foi o que aconteceu a Mark Watson, de 37 anos, natural de Stockton-on-Tees, na Inglaterra.
Watson começou a verificar que diversas erupções se desenvolviam na pela da sua coxa esquerda e que se caracterizavam por serem dolorosas e irregulares.
Ao início, Mark Watson ficou preocupado pois a alergia estava cada vez pior, sentia muita comichão e pensou que poderia ser um sintoma de algum problema de saúde, comprou alguns cremes e pomadas na farmácia e por fim decidiu ir a um médico.
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Algumas semanas depois, o médico concluiu que Watson era alérgico ao seu novo iPhone 6… e que este era o responsável pelo estado da sua perna. Mark ficou perplexo e esteve mesmo algum tempo sem poder ir trabalhar devido ao seu estado.
Segundo o seu médico, tudo aconteceu porque o paciente é alérgico ao níquel, elemento presente no seu iPhone 6. E, uma vez que Watson guardava o seu dispositivo no bolso das calças, a alergia desenvolveu-se na sua coxa.
Segundo o utilizador:
“You don’t expect a product by Apple to give you a rash. And you just don’t expect to be allergic to your phone. I have never in my life had an allergic reaction to nickel, and before this it was a metal I associated with cheap jewellery. I just think it’s wrong that this could even happen.”
Até à data da entrevista, a 9 de Setembro, a alergia de Watson ainda não havia desaparecido.
Watson é um utilizador Apple com outros produtos da empresa de Cupertino e recentemente fez um ‘upgrade’ adquirindo um iPhone 6, fazendo um contrato de cerca de 60€ mensais com a Vodafone, em Junho deste ano.
Esta é a 4ª versão de iPhone que adquiriu, sendo que as manchas vermelhas começaram a surgir 2 semanas após a sua utilização.
Watson recorreu à Internet para pesquisar problemas do género e contactou a Apple que, apesar de reconhecer o problema, não lhe deu nenhuma solução, muito menos um iPhone novo.
Now I don’t take it out with me if I’m going to be out and about for long, and I have to put it in my desk at work. – Mark Watson
O utilizador exige que a Apple seja clara sobre o impacto que o iPhone pode causar nas pessoas, a nível de alergias. Mark adianta ainda que, quando contactou a Apple, a empresa justificou-se dizendo que esta situação se encontra descrita nos seus termos e condições. Contudo, ao pesquisar por ‘níquel’, Watson afirma que não encontrou nenhum assunto sobre o problema e defende que a empresa de Tim Cook deve resolver esta questão
Por sua vez, a Apple tem sido contactada para abordar o assunto, mas ainda não houve qualquer esclarecimento público.
Um estudo, de 2014, publicado na revista Pediatrics US, segeria que o aumento de alergias em crianças, devido a níquel, tinham fortes probabilidades de estar relacionadas com a utilização de computadores, smartphones e tablets.
O que pensam deste caso? Estarão as tecnologias cada vez menos adequadas à saúde ser-humano?