Após ser detido, o paulista Ewerton C.R., para além do golpe falhado, confessou ainda a sua enorme paixão pela selecção brasileira, cujos jogos acompanhava por todo o mundo com o dinheiro de bilhetes vendidos no mercado negro, noticia o diário italiano “Corriere Della Sera“.
O plano foi preparado ao pormenor. O hacker começou a frequentar a discoteca preferida de Ronaldinho em Barcelona, a Bikini, ganhando a confiança de amigos e colegas do craque. Terá mesmo dito à polícia que o seu sonho era ser treinador do Barcelona.
Após ter conseguído um cartão de visita com o e-mail do irmão e empresário do avançado do Barcelona, Roberto Assis, Ewerton dirigiu-se a um ciber-café, onde pôs mãos à obra. Entrou na conta de e-mail do irmão do jogador e interceptou, ao longo de quatro meses, as mensagens electrónicas trocadas pelos familiares de Ronaldinho, até que obteve os dados da conta bancária da irmã, Deise Assis.
Foi o banco onde toda a família Assis tem conta que evitou, por pouco, que ocorresse o crime, ao detectar que Deise ficou com saldo negativo após a primeira das duas tentativas de transferência de 400 mil euros para um banco em Portugal. A irmã do atleta foi avisada por um funcionário do banco e conseguiu bloquear as transferências a tempo.