É um dos casos mais misteriosos do mundo da aviação. O voo MH370 da Malaysia Airlines, que partiu de Kuala Lumpur, na Malásia, com destino a Pequim, na China, desapareceu sem deixar rasto. Quase uma década depois a ser ignorado pelas autoridades, um pescador faz revelação que pode mudar o que se sabe sobre o misterioso desaparecimento do Boeing 777.
Pescador sabe há 9 anos onde está o MH370!!!
O voo 370 saiu de madrugada de Kuala Lumpur com 227 passageiros e 12 tripulantes. O Boeing 777-200ER, matrícula 9M-MRO, foi seguido pelos radares durante uma hora e desapareceu dos ecrãs dos controladores enquanto sobrevoava o Golfo da Tailândia, num ponto intermediário entre Kota Bharu, a nordeste da Malásia e a Península de Cà Mau, ao sul do Vietname do Sul.
Até janeiro de 2017, uma procura marítima conjunta entre a Austrália, Malásia e China desembolsou 200 milhões de dólares para encontrar respostas sobre o MH370. Contudo, a operação de busca oceânica mais cara da história não encontrou nenhum sinal da aeronave.
No entanto, após muitas teorias, séries de TV, estudos de marés, procura pelos sinais de satélite, dados dos sonares lançados nas profundezas do oceano, um pescador veterano diz ter a peça chave para resolver o mistério do voo MH370 da Malaysia Airlines. Durante este 9 anos, este homem diz ter sido ignorado pelas autoridades australianas. O sujeito alega ter encontrado um grande parte da asa do avião na costa do sul da Austrália.
Em entrevista ao The Sydney Morning Herald, Kit Olver, de 77 anos, deu detalhes sobre a descoberta que fez enquanto navegava com a sua traineira de águas profundas. Entre setembro ou outubro de 2014, poucos meses após o desaparecimento do voo, a rede de arrasto da embarcação capturou algo grande nas profundezas do oceano.
Além dos anos de experiência no mar, Olver ainda obteve licença de piloto quando era mais jovem, o que lhe permitiu ter experiência com aeronaves de pequeno porte e, portanto, tem mais convicção do que viu.
Esta coisa era muito maior do que qualquer coisa na categoria de aviões particulares.
Disse Olver.
Quem corrobora com a versão é George Currie, o único outro membro sobrevivente da tripulação da traineira presente no dia da descoberta. Embora tenham trabalhado como primeiro imediato de Kit durante anos, os dois não se falam há um bom tempo. Mas Currie afirma que jamais se esquecerá daquele dia.
Foi incrivelmente pesado e estranho. Estendeu a rede e rasgou-a. Era grande demais para subir ao convés.
Assim que vi, soube o que era. Obviamente era uma asa, ou grande parte dela, de um avião comercial. Era branco e obviamente não vinha de um jato militar ou de um pequeno avião. Levamos o dia todo para nos livrar dela.
Explicou Currie.
Com o avançar da noite, a rede de pesca, avaliada em 20 mil dólares na época, teve que ser cortada e descartada na escuridão do Oceano Índico junto com a asa. A região fica a 55 quilómetros a oeste da cidade de Robe, no sul da Austrália.
Olver aponta que tem bons motivos para se lembrar exatamente do local: lá era sua área secreta de pesca de um peixe conhecido como Alfonsim — uma atraente espécie vermelha valorizada tanto por seu valor estético quanto a sua carne branca e firme.
Completamente ignorado
Naquela altura, Kit Olver disse que entrou em contrato com a Autoridade Australiana de Segurança Marítima (AMSA) assim que chegou ao porto. No entanto, afirmou que eles não estavam muito interessados na sua descoberta. Um funcionário da AMSA terá desvalorizado e referiu que o que ele havia encontrado muito possivelmente seria parte de um contentor que caiu de um cargueiro russo na região.
Após ter guardado o “segredo” durante estes anos, Olver acha que agora é hora da verdade ser descoberta, o que pode dar um alento aos familiares de quem estava a bordo do MH370.
As buscas pelo avião desaparecido no sul do Oceano Índico, onde se acredita que ele tenha caído, foram infrutíferas. Mas, entre 2015 e 2016, vários destroços identificados como do voo da Malaysia Airlines foram encontrados na Ilha da Reunião, na costa leste de Moçambique — que fica a milhares de quilómetros de distância do local apontado pelo pescador.