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Há casos de câmaras ocultas em hotéis e residenciais em Portugal

O assunto começou com o Airbnb, quando se começaram a detetar câmaras ocultas. No entanto, há informações que indicam que também nos hotéis e residenciais é prática comum a existência de material de gravação escondido nos quartos.


No âmbito de uma investigação feita pela própria CNN, há dados que levam a concluir a existência de “câmaras implantadas em carregadores de telemóvel, outras colocadas em relógios despertadores digitais ou até em tomadas”.

CNN Internacional denunciou uma série de casos nos Estados Unidos, mas esta é uma realidade também em Portugal, segundo revelou Nuno Mateus-Coelho, professor de Cibersegurança na Universidade Lusófona e diretor do Laboratório de Cibersegurança LAPI2S.

É comum acontecer no nosso país. Lamento dizer isto para quem não sabe. É comum acontecer no nosso país, em particular em zonas onde há um turismo muito mais ligado a jovens, de massas, que recebe pessoas que querem vir passar três, quatro dias de festas e de álcool e que estão completamente distantes de qualquer cuidado, de verificar o que é que o quarto tem ou deixa de ter.

No caso do Airbnb, em março foram proibidas as câmaras de segurança em espaços interiores. A Airbnb atualizou a sua política e a medida foi implementada globalmente, afetando todos os alojamentos da aplicação.

Anteriormente, a Airbnb permitia a instalação de câmaras de segurança em espaços interiores, mas estas tinham de ser limitadas a áreas comuns, como cozinha, sala de estar ou corredores. A utilização de tais dispositivos nas casas de banho ou nos quartos já era proibida.

O especialista em informática português refere que a captação de imagens sem consentimento “é uma violação” e garante ter o conhecimento de casos em que familiares ligam “a dizer que viram um vídeo A, B, C em X site”. 

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