A tecnologia militar é uma das mais desenvolvidas e é ela que tem vindo a preceder muita da tecnologia que hoje temos entre nós, onde os drones estão obviamente incluídos.
Qualquer um de nós já pode adquirir um destes equipamentos e em pouco tempo, depois de ler as instruções espalhadas pela Internet, de treinar, estar a controlá-lo com alguma confiança. Mas será que deveríamos ter acesso ao procedimento de controlo de drones militares?
No Google hoje podemos encontrar tudo, não existem segredos, nem segurança. Especialistas em segurança Israelitas têm vindo a alertar militares norte-americanos para estes perigos, já que se encontram documentos disponíveis gratuitamente e acessíveis a qualquer indivíduo, que explicam detalhadamente como é possível hackear um drone militar.
Coincidência ou não, em 2011, um mês antes de um drone furtivo da CIA ter sido desviado e capturado por iranianos, surgiu uma publicação académica, pela ETH Zurich e pela Universidade da Califórnia, intitulada de On The Requirements For Successful GPS Spoofing Attacks.
Este arquivo em PDF é, basicamente, um “modelo para hackers“, que explica como “enganar” os sensores de GPS existentes nos drones e está disponível no Google, com uma simples pesquisa pelo nome do seu autor.
Além do procedimento detalhado de como poderão ser alteradas as coordenadas de GPS, o estudo ainda revela quais os modelos dos drones sujeitos a esta vulnerabilidade.
Não se pode afirmar que a publicação do estudo e o ataque estejam relacionados, mas há essa forte possibilidade. É bem provável que o intuito desta investigação académica não tenha sido o auxílio ao terrorismo, contudo, ao detectar uma vulnerabilidade nos drones militares, por forma a garantir a segurança, deveria ter havido o cuidado de não divulgar ao mundo este tipo de informação.
Entretanto, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos encontra-se a desenvolver uma nova linguagem de programação avançada, supostamente insusceptível a ataques e que será lançada no final de 2017 no drone Boeing Little Bird H-6U.
Fonte: Internacional Business Times