A Google está sempre na vanguarda do que de melhor se cria e produz na Internet. Consegue sempre dar aos seus serviços e aplicações as melhores interfaces e as funcionalidades que melhor servem os seus utilizadores.
Como fruto dessa constante procura por inovação surgem, por vezes, produtos que são completamente diferentes do que estamos habituados a ver e a usar. A sua mais recente criação foi uma forma de reinventar completamente o conceito de e-mail, trazendo o Inbox como uma revolução completa ao seu serviço de mensagens.
Todos têm estado a procurar uma forma de testar o Inbox e saber o que está a Google a apresentar. O Pplware conseguiu acesso a esta nova plataforma e vai partilhar com os seus leitores um pouco da experiência de utilização do Inbox.
Apresentado ao público na passada semana, o Inbox pretende ser a reinvenção do que é uma interface de utilização de e-mail, tornando-a o mais eficiente possível e mostrando ao utilizador apenas as mensagens que são realmente importantes e sobre as quais quer e pode agir.
Pretende ser a mais simples e intuitiva de usar, ao mesmo tempo que agrega em si algumas funcionalidades que até agora estavam arredadas das interfaces de e-mail, não por não fazerem sentido, mas apenas por serem usadas noutros contextos ou noutras situações muito particulares.
O Inbox está para já apenas acessível por convite, sendo a Google a fazer a gestão de quem está autorizado a testar e a usar. Desde o final da semana passada que a segunda vaga de convites foi lançada e que foi também dada a possibilidade, aos primeiros utilizadores, apenas, de partilharem alguns convites.
A forma mais natural de utilização do Inbox é, sem qualquer dúvida, através das duas aplicações que foram disponibilizadas para as plataformas móveis. É aí que o Inbox se sente mais à vontade e onde o utilizador melhor o vai poder usar.
Em primeiro lugar, é preciso entender que o Inbox é mais que um cliente de e-mail. Ele está a comunicar com o conteúdo da caixa de correio do Gmail de cada utilizador, mas eleva-a para patamares que vão muito mais longe.
É também muito mais do que uma simples interface “diferente”, concentrando novas funcionalidades e novas filosofias, que pretendem dar ao utilizador uma forma muito mais simples, e ao mesmo tempo mais inteligente, de gerir a sua caixa de correio.
Tudo se baseia na utilização da categorização que a Google tinha lançado para o Gmail há já alguns meses. Com essa arrumação virtual, que o Gmail faz de forma automática, o utilizador tem à partida uma caixa de e-mail muito mais arrumada, com todas as mensagens a serem agrupadas nessas categorias e assim apresentadas.
Ao escolherem uma dessas mensagens, não acedem a ela mas sim à categoria e a todas as mensagens associadas, podendo também eliminá-las em grupo ou tratá-las também dessa forma.
Mas é nas funcionalidades que traz que o Inbox inova e que onde tem as suas armas para cativas os utilizadores. Podem ver no Inbox como um misto de serviço de email com uma agenda de tratamento das mensagens e de criação de lembretes associados às mesmas.
Cada mensagem pode ser gerida de forma individual, podendo ser colocada em destaque, suspensa até uma data indicada pelo utilizador ou simplesmente arquivada por ter sido concluída.
Mas como as mensagens são o foco principal do Inbox, podem ainda ser associadas notas a cada uma delas, para que se possa a qualquer altura saber que acções já foram tomadas.
Ao colocar uma mensagem suspensa a mesma vai ser removida da caixa de email e só volta a surgir na data definida pelo utilizador, tornando-se assim um complemento a uma agenda virtual que o Inbox implementa.
Mas é importante que não nos esqueçamos que o Inbox é também um serviço de email e que deve manter as suas funções mais básicas de comunicação.
Por isso, e de forma natural, podemos escrever e-mails para os nossos contactos da mesma forma que o fazemos no Gmail. Neste ponto o Inbox tem um comportamento completamente normal e tradicional, não sendo revelada qualquer novidade.
Há no entanto melhorias que permitem distinguir o Inbox. A facilidade com que acedemos à escrita de novas mensagens ou de novos lembretes fazem desta nova interface um excelente exemplo do que deveriam ser a totalidade das interfaces.
A simples presença dos contactos mais usados mostram o cuidado posto na interface do Inbox e a forma simples e rápida que a Google pretende que ela tenha.
Sendo este um produto Google é normal que exista uma interface Web, onde o utilizador pode realizar as mesmas tarefas que tem disponíveis nas aplicações móveis.
Toda a simplicidade e facilidade de utilização que vemos no Android ou no iOS estão presentes na versão Web, garantindo uma experiência de utilização uniforme em qualquer plataforma em que Inbox seja usado.
Qualquer uma das interfaces disponíveis traz para o Inbox o já conhecido Material Design, que dá um destaque diferente à informação, apresentando-a de forma única e sem estar a mudar de interfaces ou janelas. Tudo se concentra no ecrã e é aí o centro da informação.
A revolução do Inbox para o serviço de e-mail é de imediato visível e a utilização que conseguimos dar ao novo serviço mostra bem quais são os objectivos da Google.
É importante ter presente que o Inbox não servirá a todos os utilizadores, que pretendem uma utilização mais livre e menos organizada do email, e que para estes casos a interface do Gmail estará sempre presente e à capaz de dar uma resposta à altura das necessidades.
Lembrem-se também que o Inbox não pretende ser uma substituição do Gmail e que ambos estão interligados de forma nuclear. Todas as alterações que fizerem no Inbox vão-se reflectir no Gmail e o oposto também.
Muitos vão reconhecer no Inbox funcionalidades que outros serviços e aplicações já apresentam, mas que a Google conseguiu integrar de forma perfeita neste seu novo serviço.
Não é apenas uma cara nova para o Gmail mais sim uma forma diferente de trabalhar com o e-mail, tornando-o mais útil e com regras muito mais definidas, baseadas nas novas ferramentas que agora surgem.
O Inbox é sem qualquer dúvida uma reinvenção não apenas do e-mail como serviço, mas também da forma o podemos usar para gerir a nossa informação e o nosso trabalho. A Google voltou a acertar em cheio e mostra uma evolução natural que muitos vão questionar porque apenas agora chegou!
