A 4 de Abril, o Sohu descobriu que o recém inaugurado sistema de introdução de dados em mandarim «Gu ge», do Google na China, incluía vocabulário que só o seu próprio sistema tem, pelo que apresentou um protesto e exigiu à gigante norte-americana um pedido de desculpas público por copiar o seu sistema.
«Pedimos desculpas pelos problemas que isto possa ter causado, e também adoptamos medidas imediatas. No domingo finalizámos a segunda actualização do sistema Gu Ge», assinalou o Google em comunicado.
«O novo dicionário é baseado em dezenas de milhares de entradas que a enorme base de dados do Google acumulou durante anos», acrescentou, sem reconhecer se efectivamente tinha copiado o sistema do Sohu, adiantou hoje o jornal China Daily.
A empresa assinalou apenas que tinha «desenvolvido alguns recursos de bases de dados não pertencentes ao Google». Para escrever mandarim tanto em computadores como em telemóveis é utilizado o sistema pinyin de transcrição fonética dos ideogramas para o alfabeto romano, de modo que ao teclar cada sílaba aparecem todos os possíveis caracteres chineses que correspondem a esse som.
Nos sistemas mais avançados, é possível teclar várias sílabas seguídas até formar frases e nomes próprios de uso comum, uma possibilidade que o Sohu oferece inclusivamente com nomes pouco comuns, como os dos seus próprios funcionários. Foi desse modo que o portal chinês descobriu que o Google, que procura ampliar a sua participação no promissor mercado da Internet na China, estava a utilizar a respectiva base de dados.