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Filtros de pornografia bloqueiam sites de educação sexual

A pornografia, o sexo e a educação sexual são termos que ainda muita gente confunde colocando-os todos “no mesmo saco”. Contudo, tem-se visto um esforço por parte da sociedade civil em mudar esta mentalidade.

Se na vida social estes conceitos se confundem, na Internet ainda mais. Cabe então às autoridades criarem mecanismos que ajudem a filtrar a informação e, principalmente, que protejam as crianças de informação indesejada.

Filtros para conteúdos indesejados existem muitos, contudo, parece que estes filtros também já confundem os termos, bloqueando não só os conteúdos pornográficos mas também conteúdos educativos relacionados com o sexo.

Controlar e limitar aquilo a que as crianças podem ter acesso na Internet deveria ser uma preocupação de qualquer encarregado de educação.

Apesar de ainda existir uma grande negligência no campo do chamado “acompanhamento parental” e por esse mesmo motivo, existem cada vez mais ferramentas que auxiliam os pais no controlo daquilo a que os seus filhos poderão estar sujeitos no mundo da Internet.

Segundo um estudo recente, os conteúdos filtrados não são os mais indicados de acordo com o pretendido neste caso, pelo menos foi o que concluiu a BBC ao analisar os principais filtros utilizados no Reino Unido.

A BBC testou uma série de sites com conteúdos pornográfico, outros com conteúdos relacionados com a educação sexual, sensibilização de violência doméstica e até de saúde sexual e comprovou que, pelo menos um dos filtros não bloqueava nem 7% dos 68 sites pornográficos testados, nomeadamente o TalkTalk, e outros, como o Sky e o BT, bloqueavam erradamente alguns dos mais importantes sites de informação e sensibilização sexual.

Os representantes destas plataformas tentaram justificar estas falhas com o argumento de que é impossível filtrar todos os conteúdos de um forma 100% e por isso estão em constante actualização para conseguirem responder da forma mais eficaz possível às constantes alterações de conteúdos na Internet. Além do mais, o controlo pode ser personalizado e o filtro pode ser complementado através do acompanhamento parental.

Esta questão vem novamente reforçar a ideia de que não basta aos pais colocarem um filtro de conteúdos e deixarem os miúdos “livremente” a navegar pela Internet, há que mantê-los sob vigilância.

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