Todos temos noção que, cada vez mais, as crianças passam muito tempo expostas às tecnologias. “Só mais um minuto” é o que muitas vezes os pais ouvem os seus filhos ouvir quando lhes dizem para saírem da frente do computador, da TV, ou para pararem de jogar!
No entanto, nem todos os pais deixam esse minuto passar, e proíbem que as crianças passem demasiado tempo ou limitam-lhes esse tempo.
O estudo levado a cabo pela Drª Rosaline Richards, da Universidade de Otago, Nova Zelândia, sustém que esses pais não se devem sentir culpados por privarem os filhos, pois “concluímos que há segurança em limitar o tempo na frente da TV, computador […] na verdade isso pode resultar em relacionamentos mais fortes entre os jovens, amigos e pais”.
O estudo de contou com a participação anónima de 3042 adolescentes, e teve por base um outro estudo realizado nos anos 80, designado “Estudo Multidisciplinar de Saúde e Desenvolvimento de Dunedin” e no estudo de 2004 “Estudo de Estilo de Vida dos Jovens”
Richards refere que nos anos 80 não havia muitas opções, e as pessoas tinham apenas a Televisão como entretenimento. Hoje em dia há imensas opções, e podemos ficar expostos ao que os vários ecrãs nos mostram.
Outra conclusão, bastante importante é a que olhar para um ecrã durante muito tempo, é prejudicial. Assim Richards aconselha “os pais devem manter um limite recomendado de, mais ou menos, duas horas por dia” da exposição dos seus filhos.
Problemas de relacionamento também podem ter ligação com esta exposição à televisão e computadores, pois quanto mais tempo as crianças estão entretidas com tecnologias, menos tempo socializam com os pais e amigos. E a investigadora defende que “um forte relacionamento com pais e amigos é importante para o desenvolvimento saudável de adolescentes até à idade adulta”
Desta forma, esta e outras pesquisas, tal como as suas conclusões, são sempre importantes e pertinentes para que o utilizador das tecnologias esteja informado das suas implicações, vantagens e desvantagens na vida social, bem-estar físico, psicológico e ambiental. Pois cada vez mais, as tecnologias inovam e evoluem.