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Fabricante Chinês utiliza mão-de-obra adolescente

O título certamente não traz nada de novo, apesar de estarmos nos século XXI, casos de degradação dos direitos humanos são ainda situações usuais em determinados países. Uma fábrica da KYE emprega trabalhadores menores de idade, com condições de trabalho humilhantes. Nada disto seria novo se a empresa não fosse subcontratada por alguns dos principais fabricantes do mundo tecnológico para montagem de muitos dos equipamentos que usamos no dia-a-dia.


Um relatório da National Labor Commitee (NLC), entra em detalhe nas condições destes trabalhadores da fábrica da KYE na cidade de Dongguan / Guangdong na China. No tecido laboral da empresa, estão empregados adolescentes geralmente entre 16 e 17 anos, que são obrigados a trabalhar horas extraordinárias que podem chegar às 15 horas diárias. Alguns trabalhadores têm inclusive ordens da chefia, para permanecer nos seus postos de trabalho mesmo que não tenham trabalho para realizar.


O relatório revela outros dados mais preocupantes, a política de aquisição de mulheres é abaixo dos 25 anos porque alegadamente são mais fáceis de influenciar e controlar. A KYE usa um estratagema, à base de um programa de estágios para atrair estudantes para as suas instalações, conseguindo por vezes empregar estudantes com apenas 14 anos.

No meio do escândalo são apanhados nomes sonantes como Asus, HP, Samsung, Foxconn e Microsoft. Aparentemente um dos seus maiores clientes é a empresa de Redmond onde são montados uma parte significativa dos seus ratos.


No início do relatório há uma frase de um dos trabalhadores que marca e vinca bem as condições que lá existem, pois este afirma que: “Nós somos como os prisioneiros… Nós não temos uma vida, apenas o trabalho!”.

A KYE nega qualquer violação das regras laborais, contudo a Microsoft já anunciou que vai iniciar uma investigação ao sucedido. A China é actualmente um dos principais países com maior crescimento nos últimos anos, mas casos como estes, levam-nos a perguntar a que custo? nlcnet

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