Pornografia e religião podem parecer dois temas antagónicos, mas um recente estudo descobriu como os dois realmente se relacionam e afectam – questionam mesmo a moralidade de tudo.
Claro que hoje há estudos para tudo, mas é sobre muitos destes estudo que se baseiam certas e determinadas decisões afinal, o investigador responsável tem provas do que afirma.
O tema pornografia é sempre polémico, trazendo uma carga grande de controvérsia social. Mas, já John Lennon dizia:
We live in a world where we have to hide to make love, while violence is practiced in broad daylight.
Naturalmente, algumas pessoas religiosas têm a ideia de que a pornografia é algo absurdo e sujo, enquanto que os aficionados pornográficos podem encontrar seguidores devotos por esse mundo fora, e cada vez há mais seguidores e fanáticos.
Estudo diz que ver pornografia pode aumentar a religiosidade
O departamento de sociologia da Universidade de Oklahoma conduziu o estudo, pela mão de Samuel Perry, com o tema: “Será que ver pornografia diminui a religiosidade ao longo do tempo?”. O estudo tinha como missão avaliar se o aumento do interesse na pornografia significava menos preocupação com a religião ao longo do tempo.
A religiosidade é um conceito complexo de medir e, os estudiosos, argumentam que inclui pelo menos três dimensões: a crença, compromisso e comportamento.
Referem os dados recolhidos no estudo.
A pesquisa, levada a cabo entre 2006 e 2012 envolveu um total de 1 314 adultos. A estes foram feitas questões no início do estudo e no final, sendo que as questões se debruçaram sobre os diversos aspectos da vida, incluindo religião e pornografia. As respostas dadas foram muito interessantes.
Quando em 2006 as questões foram feitas, a sua análise revelou que havia um número seguro onde era apontado que ver pornografia duas ou três vezes por mês tendia a reduzir a religiosidade das pessoas com o tempo. Curiosamente, Perry notou um ligeiro aumento nas tendências religiosas de quem via conteúdo pornográfico com maior frequência.
Mas as surpresas não se ficam por aqui. As conclusões do estudo revelaram também que aqueles que viam pornografia mais frequentemente – cerca de uma vez por dia ou mais – frequentavam serviços religiosos tanto quanto aqueles que diziam não ver pornografia de todo. O investigador nota, contudo, que essa maior frequência não resulta num maior tradicionalismo sexual.
Embora possam haver muitos factores que entram neste “jogo”, Samuel Perry, autor do estudo, faz um ponto de situação válido:
Existem pessoas religiosas que não querem parar de ver pornografia, de modo que em vez de parar, elas tornam-se ainda mais religiosas. Quase como uma forma de dizer, “OK Deus, eu não estou a obedecer-Lhe nesta área da minha vida, mas Olha para todas as coisas que eu estou a fazer aqui!”
Seria uma espécie de penitência, uma forma de compensação porque se por um lado é “pecado” o outro deverá compensar.
Homens consomem 3 vezes mais pornografia que as mulheres
O estudo mostra outra nota importante, apenas 39% dos participantes da pesquisa admitiram ter visto esse tipo de conteúdo nos últimos 12 meses. Também o número de homens a afirmar que vêem pornografia foi três vezes maior do que a quantidade de mulheres.
Assim, pode ter, debaixo desse manto de devasso, um potencial santo, um menino do coro. Mas muitos dirão “este estudo vale o que vale”.