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Está explicada a razão que motivou o Spotify a aumentar os preços…

As empresas não mexem nos preços dos seus produtos por brincadeira, sustentando os aumentos e as reduções em estratégias pensadas. O recente aumento da mensalidade do Spotify não foi, por isso, à toa, e é possível que tenha sido por isto que lhe contamos, hoje.


Recentemente, vimos que o Spotify decidiu aumentar o preço dos seus planos premium. O desagrado foi notório, nomeadamente, na nossa secção de comentários, onde muitos dos nossos leitores se mostraram insatisfeitos com o aumento anunciado e onde alguns fizeram saber que iriam abandonar o serviço.

Um dia depois do anúncio do aumento dos preços, o Spotify publicou os últimos resultados financeiros da empresa. Queríamos uma justificação: ei-la. Conforme concluiu o Xataka, apesar do crescimento, o Spotify continua a perder dinheiro, num modelo de negócio que carece de atenção.

Justificação do aumento dos preços chegou em forma de relatório financeiro

Atualmente, o Spotify conta com 220 milhões de pessoas que pagam pelos seus serviços. No total, no mês de junho, teve cerca de 551 milhões de utilizadores, em todo o mundo.

Num ano, a plataforma de streaming de música cresceu 17% em número de assinantes (dos seus planos) e 27% em número de utilizadores. No ano passado, o Spotify teve menos 32 milhões de assinantes… O que significa um crescimento impressionante, tendo em conta que as previsões apontavam para cerca de 216 milhões de assinantes e 526 milhões de utilizadores.

Perante estes resultados, aparentemente, positivos, a questão que se impõe procura perceber a razão pela qual o Spotify decidiu aumentar o preço dos seus planos.

Ora bem, resumidamente, cada vez entra menos dinheiro por utilizador. Se antes o Spotify ganhava 4,53 euros por pessoa, agora, esse valor desceu para 4,27. Essa queda de 6% (em current currency) de um ano para o outro não é positiva.

Além disso, e apesar de movimentar, efetivamente, muito dinheiro, no final das contas, acaba por perder. No último trimestre obteve receitas de 3 200 milhões de euros (mais 11% do que no ano passado). Contudo, terminou com prejuízos operacionais de 112 milhões de euros.

Embora tenha mexido no preço dos planos, o Spotify não vê neles a esperança para uma melhoria financeira. Afinal, o “ajuste de preço terá um impacto mínimo no terceiro trimestre”. Por sua vez, espera que o cenário seja favoravelmente alterado com a chegada da qualidade HiFi, que exigirá um pagamento extra.

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