Amado por uns, desprezado por outros, a verdade é que o futebol está na ordem do dia, com o início do campeonato do mundo de futebol na África do Sul. Independentemente do que se sinta pelo desporto rei -como alguns o chamam – este não é uma ciência exacta, o que não impede de se retirar daí toda a magia mas também podem ser feitos estudos que pretendem prever o Campeão do Mundo.
A revista “Institution of Engineering and Technology‘” de carácter científico na área de engenharia, traz na sua última edição um estudo no mínimo invulgar. O estudo é da autoria de Ian McHale, docente da universidade Salford e investigador na área de probabilidades e estatística focando o seu estudo em inúmeras vertentes, entre as quais se destaca, trabalhos em estatísticas na área do desporto e análises do mercado de apostas.
McHale, conseguiu criar um modelo matemático, que consegue medir as verdadeiras probabilidades de sucesso das principais selecções no mundial de futebol de 2010. Contudo, este modelo matemático não surge com números do nada e é baseado nos resultados de mais de 9000 jogos internacionais disputados pela selecções a competir.
O investigador utilizou o conhecido software de computação matemática matlab e a linguagem estatística R para conseguir criar o modelo e testá-lo. Para dar maior credibilidade e obter dados mais conclusivos para o estudo o investigador criou 100.000 simulações do torneio. Os resultados obtidos são os seguintes:
Quartos de Final: Holanda x Brasil França x Inglaterra Alemanha x Argentina Itália x Espanha
Meia final: Brasil x França Argentina x Espanha
Final: Brasil x Espanha Vencedor: Espanha
Infelizmente, não vemos a selecção Portuguesa sequer chegar aos quartos de final, mas lá está, os números têm sempre como inconveniente a imprevisibilidade dos seus resultados. Afinal quem poderia prever no início do europeu de 2004 que a Grécia iria ser a campeã? De qualquer forma, como é natural, todos esperamos que este estudo erre e que Portugal vença, mesmo contra estas e outras probabilidades ou pelo menos que chegue aos quartos de final.
Como nos referimos a um estudo, é natural que como tantos outros, tenha associado uma certa subjectividade levando a que os resultados possam ou não coincidir na sua maioria ou em absolutamente nada com a realidade. Mas, ficam aqui demonstradas estas componentes cientificas que mostram a importância que os sofisticados algoritmos e modelos matemáticos podem ter aliados às novas tecnologias, exemplo deste aspecto são alguns serviços que diariamente usamos na internet. O que é afinal o Google senão um motor de busca com complexos e sofisticados algoritmos matemáticos por baixo? News CNET