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EA anuncia números de vendas digitais vs físicas!

Vivemos tempos de crise, como todos sabemos. A crise afecta-nos e afecta também as editoras e distribuidoras de jogos. E como tal a opção de digital vending torna-se cada vez mais apetecível, seja para as editoras/distribuidoras que assim reduzem custos, como para a comunidade gamer que assim adquire jogos por valores mais atractivos. Steam, Xbox Marketplace, Playstation Store são os principais exemplos deste modelo de negócio.

É precisamente neste contexto que a EA apresenta então as suas expectativas no que toca a vendas digitais versus vendas físicas.

Recentemente, Eric Brown CFO da EA fez algumas declarações aferindo então da importância dos jogos para PC e da cada vez maior relevância das vendas de DLC nas contas da empresa.

Falando na Credit Suisse 2010 Technology Conference, Brown anunciou que “A principal growth driver has been downloads for extra content, which includes microtransactions for free to play games. This would include Playfish, map packs for 360 and PS3 games.

Um dos outros aspectos realçados foi precisamente a colecção virtual de cartas de FIFA Ultimate Team que potenciou e de que forma o comércio online nos últimos títulos com a chancela FIFA, “There’s really no limit to the card packs that you can purchase. we’ve seen people paying $500, 800, 1000 on digital trading cards so they can get the best possible line up of teams. This has driven net digital revenue of FIFA from $15 million for FIFA 09 to $31 million for FIFA 10. We don’t know where the number’s going to end up for FIFA 11, but we do know that we’ve sold more packaged goods units.

Com um contributo bastante significativo também, Brown mencionou que aparecem os “full game downloads… primarily of PC products. What we’re starting to see, especially for first person shooter titles like Battlefield Bad Company 2 is a higher propensity for people to purchase the PC client digitally. This is an area where with our first person shooter games, our Sims franchise and others, we’ve been able to grow our digital business.

Brown afirmou que perto de 750 milhões de dólares das receitas da companhia derivam directamente de comércio online, contrastando com os 430 milhões de dólares de há 2 anos. De realçar ainda que a plataforma PC foi o maior contribuidor destes valores de receitas, com as consolas aparecendo muito idênticas nos valores apresentados.

Brown afirmou que a EA se encontra motivada para atingir a meta de “more closely match the 40/60 per cent digital/packaged goods split that we see in the worldwide market today. Overall we’re growing our digital business by more than 30 per cent per annum. In the first half of fiscal 11 we grew our total digital revenue by 35 per cent year over year. We’re actually taking share in digital revenue over all.

Brown adianta ainda que espera bons resultados do próximo MMO, Star Wars: The Old Republic, que aparentemente terá data de lançamento para 2011, “The biggest add in our digital portfolio next year will be the launch of the Star Wars massively multiplayer online game.

No geral, a EA encontra-se optimista em relação à industria, “We’re expecting to see a contract in standard definition software, from just under $14 billion to $10.5 billion. We’re expecting to see growth on the high definition platforms from $11.4 billion to 13.3 billion.” havendo a noção de que parte do crescimento da industria pode ser atribuída ao PS Move e ao Kinect, “Those motion controllers are off to a great start and what we like about it is it just reaffirms the thesis that the high definition consoles will see an extended life cycle.”

Em moldes de fecho ainda admite que um outro mercado interessante será o de artigos em segunda mão, que segundo valores apontados, cresceu de 3.8 biliões de dólares no ano passado para 4.3 biliões de dólares.

A EA aponta então para 40/60% o rácio de receitas pelos suportes digital/físico.

Este é um tema que não é de agora. Sendo o preço dos jogos uma das principais criticas apresentadas pelos consumidores, esta é, sem dúvida, uma alternativa que faz certo sentido. É claro que apresenta debilidades e limitações que ainda faltam corrigir ou estudar, mas penso que tem tudo para se tornar num modelo de negócio ainda mais relevante e útil, tanto para o cliente final, como para as companhias de distribuição. Qual a vossa opinião?

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