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Dia Mundial da Sida 2011

Por Dr. Luís Fontão para o PPLWARE.COM

Hoje assinala-se o Dia Mundial da Sida. Foi há 30 anos que os primeiros casos foram diagnosticados. Volvidas estas décadas os números são devastadores: 60 milhões de infectados, 30 milhões de mortes.

A infecção por VIH/SIDA trouxe à tona muitas fragilidades da sociedade humana moderna. Inicialmente o grupo dos homossexuais masculinos foi o mais afectado, o que rapidamente criou o estigma de discriminação. De seguida a transmissão entre os utilizadores de drogas endovenosas e um novo estigma. Mas, uma infecção que se concentrava principalmente em África e nestes “circunscritos” grupos, em breve se globalizou, tornando-se num problema mundial, transversal, sem género ou grupo social.

 

Hoje, continuam a existir grupos de riscos, mas as diferenças esbateram-se muito e o problema tornou-se completamente transversal, com as relações heterossexuais a assumirem uma importante percentagem da transmissão do VIH.

Em 2010, cerca de 34 milhões de pessoas estavam infectadas com VIH, em todo o mundo – o maior número de sempre de infectados. Por outro lado a taxa de novas infecções desceu 15%, quando comparado com 2001. Também o número de mortes por SIDA tem vindo a descer nos últimos anos – 1.8 milhões em 2010 (cerca de 2.2 milhões em 2005). Estes números podem ser em muito atribuídos à eficácia da terapia anti-retroviral e do aumento do seu uso em todo o mundo. Estima-se que 2,5 milhões de mortes terão sido evitadas desde 1995, nos países mais pobres, desde a introdução desta terapia.

No entanto, esta perspectiva abre novos desafios. O aumento do número de pessoas a viverem infectadas, o acesso à terapia anti-retroviral, a prevenção e a informação continuarão a ser um desafio para a sociedade, de uma forma global.

Este passado ano foi também um ano de avanços e recuos importantes na investigação da infecção VIH:

Sugestão: Video Ted Talks (muito bom)

Este ano a UNAIDS, organização das Nações Unidas dedicada à infecção VIH/SIDA, apresenta uma ideia ambiciosa: Zero novas infecções, zero discriminação e zero mortes relacionadas com SIDA, plano delineado até 2015.

Para isso propõem uma maior cobertura e melhor acessibilidade das terapias, um diagnóstico mais rápido e precoce, melhores investimentos e maior aproximação das chefias e dos programas de prevenção e as populações, um esforço global e conjunto na abordagem a esta epidemia.

Todos devemos participar deste esforço. Uma sugestão para começar ? Informe-se sobre o VIH/SIDA.

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