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Criptomoedas e Forex: Atenção ao esquema piramidal já em Portugal

Os esquemas de pirâmide financeira constituem operações fraudulentas de investimento, baseadas na promessa de pagamentos de lucros anormalmente altos aos investidores, com recurso, exclusiva ou maioritariamente, aos capitais aportados pelos investidores subsequentes e não a fundos gerados pela atividades.

Um “Esquema piramidal” adormecido volta em força na Europa. Em Portugal já há queixas, é preciso ter atenção.


IM Master Academy: A empresa investigada por esquema de pirâmide com Criptomoedas e Forex

Depois de ter estado adormecida durante a pandemia, a IM Master Academy, uma empresa investigada por fraude e por denúncias de ser um esquema de pirâmide, regressou em força ao mercado europeu, com uma tour que começou em julho. Por Portugal, como revela este domingo o jornal Público, já há queixas contra o grupo que em Espanha adquiriu o nome de “culto das cripto” pela sua associação ao ensino dos mercados das criptomoedas.

Segundo o que foi revelado, o primeiro evento em Portugal decorreu a 30 de julho, no Salão Preto e Prata do Casino do Estoril, ainda que oficialmente não tenha qualquer registo oficial. De acordo com fonte do casino, nem os trabalhadores tinham conhecimento de que a IM Master Academy estava no Estoril. Foi-lhes apenas comunicado um e-mail onde se anunciava a organização de uma “conferência motivacional”, que contaria com 900 participantes.

A IM Mastery Academy evoluiu da IMarketsLive e já foi alvo de várias sanções, bloqueios e multas por todo o mundo – foi mesmo ordenada a cessar a atividade pelo regulador dos mercados financeiros dos EUA há quatro anos – mas continua a operar.

Em Espanha, em abril, oito associados da IM Mastery Academy foram detidos, acusados de promoverem um esquema de pirâmide financeira. Segundo o jornal El País, a polícia terá efetuado detenções a 22 de março em seis cidades. 400 membros desse grupo relataram ter sido vítimas da fraude.

A taxa de inscrição para receber a formação era de 200 euros e depois os membros tinham de pagar 150 euros por mês, mas se recrutassem mais duas pessoas deixariam de pagar essa taxa e a partir do terceiro cliente começariam a poder cobrar a quem estava abaixo de si.

A empresa promove dois cursos de formação financeira, que são alegadamente dados por especialistas em “Forex”, uma abreviatura dada ao mercado de moedas estrangeiras que ganhou relevância nos últimos anos também por causa da constante inundação deste tipo de cursos nas redes sociais. Mais tarde, e com a adesão às criptomoedas a ganhar dimensão, esta empresa começou também a investir em cursos deste tipo e em softwares que permitiam aos clientes seguir os investimentos feitos pelos especialistas e copiá-los.

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