O novo sistema operativo da Microsoft, Windows Vista, que só hoje foi posto à venda em todo o mundo, tem já cópias ilegais à venda em Xangai por menos de um euro, noticia o jornal oficial chinês Shangai Daily.
Enquanto os preços na China de uma versão legítima do Windows Vista vão desde o valor mínimo de dois mil reminbi (198 euros) e podem chegar até aos 3.200 reminbi (317 euros), as cópias piratas do novo sistema operativo podem ser compradas por dez reminbi (um euro) nas ruas de Xangai, o centro económico e financeiro da China.
O preço do novo software sai muito mais barato se for adquirido na compra de um novo computador. «Devido ao nosso grande volume de compras, adquirimos cada cópia do Vista à Microsoft por um preço entre os 100 e 200 yuans (9,9 e 19,8 euros), e quase nunca passamos o custo aos consumidores», disse o responsável por uma loja de computadores, citado de forma anónima no Shangai Daily.
Grandes marcas fabricantes como a Lenovo, Dell e TCL já puseram à venda no mercado chinês computadores com o Vista instalado. O Windows Vista, apresentado segunda-feira em Nova Iorque perante grandes responsáveis da indústria informática mundial, oferece um novo interface com efeitos tridimensionais, um potente motor de busca e maiores condições de segurança e controlo de conteúdos por parte dos membros adultos da família.
A multinacional americana colocou também hoje à venda o pacote de programas Office 2007. «Com um novo sistema operativo mais rápido e micro- processadores mais baratos, há mais motivos para comprar um computador em 2007 do que em 2006», concluiu a Isuppli Corp, uma empresa de estudos de mercado, que prevê ainda um aumento mundial de 4,9% nas vendas de computadores, em contraste com os 1,4% em 2006.
Os diferentes sistemas operativos da Microsoft fazem funcionar cerca de 95% dos computadores do planeta, tendo o novo Windows implicado um investimento de 6000 milhões de dólares e sido concebido por 5000 engenheiros durante cinco anos. Segundo as previsões iniciais da própria Microsoft, o Vista já devia ter sido lançado há mais de dois anos, o que provocou prejuízos à empresa americana.