O Pplware, dada a sua natureza de fonte de informação e de repositório de conhecimento, é muitas vezes contactado pelos seus leitores para que se os possamos ajudar a esclarecer situações e questões que surgem naturalmente associadas à utilização de todos os equipamentos e tecnologias.
Porque sabemos que as dúvidas não são exclusivas de um único leitor resolvemos alargar um pouco a disponibilização e criámos esta rubrica semanal onde iremos escolher as questões mais pertinentes e partilhar as respostas com os restantes leitores, conseguindo assim levar a informação a muitos mais leitores e esclarecer o máximo de utilizadores do Pplware.
Este consultório pretende esclarecer as dúvidas principais que nos forem transmitidas pelos leitores e visitantes do Pplware, em todas as plataformas, locais e endereços onde estamos já representados.
A escolha das questões é feita de forma a que sejam abrangidos os máximos de temas possíveis e que sejam apresentadas as que achamos mais relevantes e interessantes.
As respostas apresentadas espelham o nosso entendimento e pretendem apresentar soluções possíveis. No entanto contamos com os nossos leitores para as complementar, enriquecer ou até contrapor, de forma a que estas fiquem o mais ricas e completas possíveis.
Para dar continuidade a esta rubrica escolhemos mais seis questões que nos forma colocadas no Facebook do Pplware e por email.
Mac Book Pro de 13 ou Mac Book Pro de 13?
O nosso leitor Fernando Ferreira necessita trocar o seu portátil. Tomou a decisão de comprar um Mac Book Pro de 13 polegadas, mas está com uma dúvida que o impede de tomar uma decisão.
Será que o ecrã Retina display compensa o preço? E o restante hardware? Também justifica o seu preço?
Boas
Depois de partir o chassis do meu Lenovo/IBM ThinkPad R60, que não teve compostura, decido comprar um portátil novo, que vou usar mais para escrever, Internet e ver filmes e séries.
Estou indciso entre:
- MacBookPro 13″ 500Gb, 4Gb RAM, i5 (1299€)
- MacBookPro 13″ Retina, 128Gb SSD, 8Gb RAM, i5 (1799€) + drive ótica de DVD (79€)
O que me faz pensar:
1. Passo entre 4 a 5 horas por dia em frente ao PC. Sinto os olhos cansados, muitas vezes a arder. Já uso óculos. Será que com o ecrã Retina não me sentiria tão cansado, uma vez que tem mais definição, mais brilho, mais contraste e menos reflexos?
2. O SSD em vez do disco rígido faz mesmo muita diferença no boot? Qual é o boot normal de um mac? E também se pode “suspender”, como eu costumava fazer no Windows?
Vale a pena pagar mais cerca de 600€ só pelo ecrã Retina, pelo SSD e por mais 4Gb de RAM?
Já agora, quais as formas de pagamento das apps na apple app store?
Obrigado
Resposta:
Fernando, a resposta a essa pergunta é muito simples. Sim, o ecrã retina vale bem o preço que pedem por ele. A melhoria que fornece dará um descanso maior aos olhos, ao mesmo tempo que te permitirá aproveitar muito melhor o espaço do ecrã.
A questão do disco tem exactamente a mesma resposta. Os discos SSD permitem-te melhorias a vários níveis. Em primeiro lugar a velocidade do arranque é algo de fantástico. Vais ter a tua máquina pronta a usar em (quase) metade do tempo de outra similar mas com um disco dito normal.
O tempo de boot de um mac varia, tal como noutro sistema operativo, dos itens que tens na máquina. Mas não é maior ou menor que outro SO concorrente. E sim, o Mac permite suspender a sessão e retomar mais tarde. O que ele não permite é o modo de hibernar.
Para resumir a resposta que era esperada, sim, a diferença de preço compensa bem pelo que vai ser obtido. O ecrã retina permite melhorar e muito a qualidade da imagem, o disco SSD é um verdadeiro superdisco no que toca às velocidades de escrita e de leitura e os 4GB de memória adicional vão sempre dar muito jeito na hora de usar aplicações mais pesadas.
A dúvida reside apenas na real necessidade da drive ótica de DVD. Hoje em dia as pens USB estão muito baratas e com capacidades cada vez maiores, as aplicações para Mac podem ser obtidas pela internet ou pela Apple Store e os filmes e séries que vão ser vistos nessa máquina não me parece que venham de drives físicas.
Por fim, e para dar resposta à última questão, as compras na Apple Store são pagas com recurso ao cartão de crédito. Isto aplica-se às aplicações para Mac ou para os iDevices. Quando criares a tua conta na Apple, que pode ser usada nas stores da Apple, vais ter de associar um cartão de crédito.
Tags NFC, onde comprar?
As Tags NFC e a própria tecnologia NFC vão mudar a forma como interagimos com o mundo. Os nossos dispositivos móveis vão ter a capacidade de reagir na sua presença e ter comportamentos distinto em locais distintos.
O leitor André Bação pergunta-nos onde é possível comprar estas Tags em Portugal. Os locais não são muitos, mas felizmente a Internet pode providenciar o que precisamos.
Alguém sabe onde comprar tags NFC em território nacional?
Resposta:
A tecnologia NFC não esta ainda muito difundida no nosso pais. Apesar de haverem já alguns equipamentos com suporte e haver também algumas experiências com esta nova tecnologia ainda é difícil encontrar uma aplicação prática fora das nossas casas.
As Tags NFC têm a particularidade de poderem ser programadas e reagirem de acordo com o que definirmos.
Da pesquisa que efectuámos, encontrámos apenas dois sites online que vendem Tags NFC. Experimenta ver no KuantoKusta e encontrarás pelo menos 1 lojas onde podes comprar. A pesquisa que fizemos na Expansis devolveu 2 resultados.
Provavelmente a forma mais simples e barata de comparar as Tags NFC que pretendes é recorrendo a sites internacionais e que entreguem também em Portugal. Neste link do fórum XDA Developers encontras uma lista extensa de sites que vendem as Tags NFC.
Partilha de ficheiros via CLI
A interacção entre os diferentes sistemas operativos pode ser fonte de dificuldades em quem se aventura nestas áreas pela primeira vez. O Linux está preparado para aceder ao Windows e vice versa, facilitando assim o acesso a ficheiros que estejam em qualquer um dos diferentes sistemas operativos.
O leitor Banucho Cassamo colocou na Comunidade Linux@Pplware uma questão que considerámos ser útil e interessante para todos.
E já agora, já se registaram nesta nossa nova comunidade? Aproveitem e façam-no aqui, quer saibam muito, pouco ou até nada. Entrem para ensinar ou para aprender!
Aproveito para perguntar como faço para aceder a ficheiros numa rede via linha de comando? com o comando “cd directorio” é possivel?
Fiz uma partilha de dados entre minha maquina (Ubuntu) e a do meu irmão (Windows) mas via linha de comando n consigo aceder as pastas que estão em share. E como seria tambem se fosse Ubuntu vs Ubuntu?
Cumprimentos
Banucho Cassamo
Resposta:
Boas Banucho Cassamo,
Suponho que para partilhar ficheiros de uma máquina Linux já tenhas configurado o SAMBA, certo? Se a resposta foi um não então aconselho a leres este nosso artigo.
Se tudo estiver bem configurado, a partir de outra máquina, via linha de comandos, tens dois comandos importantes:
- smbclient
- smbmount
Para veres as partilhas na rede, de uma determinada máquina basta usares o comando:
/usr/bin/smbclient -L IP_MAQUINA
Para te ligares a uma partilha, podes usar o comando:
smbclient /// -U %
O smbmount pode ser usado da seguinte forma.
smbmount //SHARE /HOME/USER-o username=ppinto,password=pplware
onde:
- //SHARE é a partilha remota
- /HOME/USER é a pasta local onde vai ser montado a partilha
- username=ppinto,password=pplware são as credenciais de acesso
Uma televisão com suporte NTFS
Com o melhorar dos conteúdos que conseguimos ter acesso aumenta também o seu tamanho em disco. As limitações que os actuais sistemas de ficheiros nos impõem podem por vezes levar a situações de incompatibilidade que podem ser complicadas.
Foi precisamente este o problema do leitor José Mestre. Tem filmes com mais de 4GB e que a sua televisão, que apenas lê discos em FAT32 , não consegue usar.
Existe algum simulador para discos rígidos? Ou seja, queria colocar num disco externo multimédia ficheiros superiores a 5GB, mas as televisões de hoje só leem o formato FAT32 e eu queria ter o disco em NTFS.
O que pretenderia saber era se há algum programa que me faça esta conversão?
Resposta:
José a primeira coisa que deves fazer é verificar se a TV não tem mesmo suporte para o sistema de ficheiros NTFS. Pelas pesquisas que fizemos, actualmente há TV’s que suportam na perfeição NTFS.
Por outro lado (mais trabalhoso) podes sempre converter os videos para um outro formato, como por exemplo MP4 e tentares ter ficheiros com um máximo de 4GB ou até mesmo vários segmentos (partes) do video.
Como sugestão final, verifica também se não saiu entretanto um novo firmware para a tua TV, de modo a que esta suporte NTFS.
Usar a Internet para comunicar à distancia
O leito Rui Cruz tem alguns problemas em contactar com a sua família que se encontra fora de Portugal através das ferramentas de video-conferência que normalmente usamos. A ligação à Internet é problemática e por isso pede sistemas que sejam menos exigentes na largura de banda disponível.
Existem algumas alternativas óbvias e que podem bem ser usadas para o fim pretendido.
Boas, acho que esta é uma questão pertinente já que há muita gente a emigrar. A minha dúvida é: O meu tio está na França e não tem uma conexão à internet muito boa, portanto o skype não funcionou para estabelecer uma ligação. A dúvida entra aqui: que outras formas há de o contactar (tendo vídeo de preferência)?
Pensei em VoIP mas não sei instalar isso.
Obrigado antecipadamente, melhores cumprimentos.
Resposta:
O problema da fraca ligação à Internet é sempre uma condicionante para o tipo de comunicação pretendida. A voz e principalmente o vídeo requerem condições muito próximas do óptimo para que funcionem na perfeição.
O Skype é uma ferramenta que tem excelentes codecs de áudio e vídeo, o que podem pesar em que não tem as ditas condições óptimas.
Felizmente existem outras opções tão boas e tão fiáveis como o Skype e que podem ser facilmente utilizáveis. Suponho que tenham já tentado o MSN, mas provavelmente o resultado foi o mesmo.
Uma alternativa muito boa e que é muito simples de usar é o Google Talk. Está disponível na interface do Gmail e permite conversação por texto, áudio e vídeo. Apenas requer que tenham uma conta Google, o que se consegue criar em poucos minutos. Tem ainda a particularidade de permitir que várias pessoas se liguem nessa chamada, mas através do HangOut.
Se procurava uma alternativa mais baseada em software e menos em serviços web, podemos recomendar o VSee ou o VZOchat.
Agora que estão apresentadas as questões escolhidas e dadas as respostas, pedimos que os nossos leitores as comentem e que contribuam com informações adicionais que julguem serem necessárias.
Todas e quaisquer questões que gostassem de ver aqui respondidas devem ser colocadas nos canais de comunicação do Pplware. Falamos do nosso Facebook, do email geral @ pplware.com ou do nosso formulário de contacto.