Pplware

Como funciona a arma taser da Polícia dos Estados Unidos?

As armas taser da Polícia dos Estados Unidos já são usadas por algumas forças policiais, mesmo em território nacional. Elas têm enquadramento na lei, embora sejam ainda muito poucos os cenários em que podem ser usadas. Em Portugal, este tipo de arma foi usada no caso dos detidos na cadeia de Paços de Ferreira, em Abril de 2011. Depois disso estas armas foram proibidas pelo ministério da justiça.

Já nos Estados Unidos a história é bem diferente. Há uma utilização permitida pela legislação e há a “tradição” de uso de arma. Outra necessidade é criar alternativas à arma convencional que tantas mortes têm feito na população por uso excessivo da força.

As forças policiais, então, passaram há uns anos a utilizar as armas taser. Sabe como funcionam?

É um tema que tem tudo a ver com o uso de tecnologia na sua vertente menos humana, contudo, ao serviço da segurança, quando usada para tal. É curioso o tema, mas é simultaneamente interessante ver como se desencadeia o processo pelo facto deste ser tão rápido e imobilizar de forma temporal, um “criminoso”.

Para verificar alguns aspectos que não são possíveis ver a olho nu, a equipa do canal do YouTube, The Slow Mo Guys, famosos por usarem câmaras que captam imagens incríveis a 28 mil frames por segundo, foram á fábrica que prepara estas “munições” para as forças policiais norte americanas. As filmagens podem parecer um pouco brutas, mas a tecnologia empregue é muito curiosa.

 

Mas como actua a arma taser?

Existem duas variantes de arma taser, uma é de contacto directo, um dispositivo do tamanho de um smartphone, a Stun Gun e existe a usada pelas força policiais a Taser Gun de IEM (air taser).

Esta segunda é muito similar, em termos de aspecto, a uma pistola e actua pelo principio de IEM (interrupção elétrica intramuscular). Este modelo que vimos no vídeo anterior possui 2 eléctrodos, ligados a dois fios de cobre que podem ter quatro, seis, oito ou dez metros.

A arma ao ser disparada lança os dois eléctrodos que infringem uma descarga de 50,000 volts (no caso da X26c que as autoridades nacionais utilizam). Após o disparo os fios e os eléctrodos são descartados, sendo trocado para o próximo disparo.

Pode-se acoplar ao taser uma lanterna tática e mira a laser, para evitar erros acidentais. Este modelo, diferente do de contacto, imobiliza a vítima, independente da resistência à electricidade do alvo e da área atingida, pois devido à descarga ser intramuscular, age directo no sistema nervoso central (SNC), fazendo com que o alvo fique em posição fetal.

Alguns modelos utilizam uma bateria descartável que permite até 120 disparos. Outros utilizam uma bateria auxiliar recarregável que o operador leva preso à cintura numa bolsa, semelhantemente ao coldre de uma pistola normal. O cartucho eléctrico salta para fora da arma numa explosão de confetes (o confete tem um número de série único), partindo a porta e, em seguida, voam até ao alvo, penetrando na pele do alvo.

 

É letal?

É uma arma de baixa letalidade que recorre a uma descarga eléctrica de alta tensão para imobilizar momentaneamente uma pessoa. Apesar de não apresentar grandes riscos à saúde de quem é atingido por ela, existem registos de mortes causadas pelo uso da arma de choque, por esse motivo, alguns especialistas preferem usar o termo “baixa-letalidade” para se referir ao potencial de mortalidade da arma.

 

Em resumo…

Não sendo uma arma letal (na sua génese) tem feito vítimas. A dor que provoca é intensa e durante 5 segundos a vítima fica totalmente imobilizada. Não é uma arma legal a civis e tem legislação que enquadra a sua posse nas forças policiais. Nos Estados Unidos, esta arma é controversa, pois muitos agentes não se sentem seguros com ela, preferindo a utilização de outras letais.

Exit mobile version