Este dia era já esperado por muitos há algum tempo. A luta dos browsers pelo lugar cimeiro na preferência dos utilizadores e pelo browser mais usado na Internet estava ao rubro. O browser da Google, depois de ter ultrapassado o Firefox, no final do ano passado, traçou como meta o ultrapassar do seu concorrente Internet Explorer e todos os dias cimentava a sua posição ao aproximar-se deste.
Depois de ter dado uma amostra do que seria capaz, no dia 21 de Março, o Chrome passou de forma decisiva e sustentada o browser da Microsoft, segundo dados do site StatCounter.
Esta tomada do lugar cimeiro por parte do Chrome não pode ser vista com surpresa pois vários analistas previam que fosse ocorrer mais cedo ou mais tarde.
O trabalho que a Google tem feito no seu browser, por forma a torná-lo uma referência e a escolha por parte dos utilizadores há muito que tem sido um factor de peso para os números que este browser tem apresentado.
No final do ano passado conseguiu o feito de ultrapassar o browser da Mozilla e ocupar o segundo lugar na tabela de preferências e de utilização. Já nessa altura se falava nesta realidade e apenas havia a dúvida da brevidade que viria a ser uma certeza.
Os dados agora apresentados mostram que o Chrome é o browser mas usado a nível mundial, com 32,76% dos utilizadores a usarem-no.
Em segundo lugar, ainda muito perto, vem o browser da Microsoft, o Internet Explorer, com 31,94% das preferências.
Em terceiro lugar na lista de preferências, e com uma curva de crescimento muito pouco acentuada vem o Firefox, com 25,47% de utilização.
Ao contrário do que aconteceu no passado dia 21 de Março, a liderança do Chrome não foi um caso pontual e isolado e a sua posição manteve-se. Estes números podiam ser mais expressivos, mas graças a um ajuste da StatCounter, os números das páginas que são pré-renderizadas pelo Chrome, e que não são efectivamente vistas, deixaram de contabilizadas.
No nosso país os números são ligeiramente diferentes e mostram ainda o IE como o líder das preferências e o browser mais usado, com 37,44%. A tabela segue com o Chrome em segundo lugar, com 35,54% e o Firefox em terceiro com 20,98%.
Apesar dos números expressivos de acessos que o StatCounter tem no seu serviço, mais de 3 milhões de sítios web, depressa houve quem viesse defender que esta é apenas uma amostra e que os dados não podem ser considerados como válidos pois apenas representam uma parte da utilização efectiva da Internet e que outras empresas de estatísticas de acesso apresentam valores muitos díspares.
A verdade é que mesmo sendo uma amostra limitada dos utilizadores, este é um dos serviços independentes que mais fiabilidade dá e que tem sido usado em muitas ocasiões para tomar o pulso à realidade das preferências de utilização dos browsers.
O que estes números vêm provar é aquilo que todos já sabemos ou esperamos que seja a realidade em breve. O Google Chrome é, ou será, o browser mais usado na Internet.
Os números do Internet Explorer baseiam-se ainda no facto de ser o browser nativo do Windows e o Firefox esteve um pouco à deriva nos últimos tempos, tendo agora encontrado o seu rumo, mas ainda sem ter dado provas firmes de que pode voltar a ser a alternativa que era.
Espera-se que nos próximos tempos o Chrome cimente a sua posição e consiga descolar da concorrência mais directa.