Foi no passado dia 1 de junho que a Check Point reuniu, em Tróia, cerca de 300 pessoas para abordar as últimas ameaças no campo da cibersegurança e também soluções que podem ajudar as empresas a desenvolver estratégias para se manterem um passo à frente dos hackers e de todo o malware que gravita na web.
Foram mais de 30 conferências e sessões técnicas que certamente contribuirão para uma melhor proteção da informação digital, infraestruturas e dispositivos.
À semelhança do que aconteceu em 2016, a Check Point reuniu em Tróia vários parceiros e clientes para debater os mais recentes desafios na área da cibersegurança, em especial o ransomware, phishing, botnets e darknet. Destaque também para o novo Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GDPR) que será aplicado na União Europeia a partir de 25 de maio de 2018.
Este evento abriu novamente portas a entidades exteriores à empresa, com o objetivo de partilhar visões e conhecimentos que poderão ser aproveitados por todos numa melhor resposta às ameaças do mundo do cibercrime.
Quisemos mais uma vez trazer para o ceio da Check Point outros fabricantes e parceiros com algo de importante a dizer sobre cibersegurança. Consideramos que a colaboração é a chave para combater o cibercrime e sabemos que sozinhos ninguém ganha esta guerra. Além disso, não queríamos um evento apenas para falar dos nossos produtos e serviços. Aliás, o desafio era falar de cibersegurança, que é verdadeiramente o que interessa às empresas.
Rui Duro, Sales Manager da Check Point para Portugal
Cyber Security in the Era of Exponential Technologies – Mario García
Durante a apresentação inicial, Mario García, Country Manager Check Point revelou que, em média, uma vulnerabilidade numa empresa demora cerca de 4,9 meses a ser detetada. Mario García destacou ainda o crescimento exponencial das tecnologias e toda a evolução que tem acontecido ao longo dos últimos anos.
A apresentação inclui uma análise dos modelos de negócio disruptivos (ex.Uber, airbnb, Facebook) e também as mudanças necessárias ao nível da infraestrutura e investimento para suportar todos os novos desafios no segmento da segurança informática da própria evolução da tecnologia.
GDPR – Your Business our Challenge
Outro dos temas em grande destaque neste evento foi o novo Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GDPR) que será aplicado na União Europeia a partir de 25 de maio de 2018.
As coimas do incumprimento do Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados poderão chegar aos 20 milhões de euros ou então corresponder a 4% do volume de negócios mundial da empresa.
Para as empresas que ainda não pensaram na forma como fazer cumprir o regulamento, a IDW apresentou um estilo de Roadmap que pode facilitar todo o processo.
SDN Security – Paulo Rosa
Paulo Rosa da Warpcom abordou a segurança nas Redes Definidas por Software (SDN) destacando o facto das redes não conseguirem acompanhar a restante infraestrutura IT. As Redes Definidas por Software prometem várias características, como por exemplo, o facto de se adaptarem às necessidades do momento (Qos, Largura de Banda. Existe também a possibilidade de centralmente comandar e visualizar o comportamento da rede e ajudar na aceleração da Inovação, entre outras vantagens.
No que diz respeito à área da segurança informática as Redes Definidas por Software podem também ser mais eficientes, inteligentes e reativas. Nesta área há já várias iniciativas em curso com principal destaque para o projeto Genome e Delta Project.
Cyber Talk: Lessons learned from the latest cyber-weapons in action – José Alegria (PT)
José Alegria, responsável pela cibersegurança na Portugal Telecom, falou sobre o WannaCry e das medidas que devem ser tomadas para nos protegermos de uma ameaça a este nível. José Alegria revelou ainda alguns números interessantes aquando da visita do Papa, o dia em que o Benfica foi campeão nacional e o Salvador Sobral ganhou a Eurovisão (dias em que o mundo esteve sob ameaça do WannaCry).
O responsável pela cibersegurança na PT terminou a sua apresentação destacando os 6 princípios que é preciso reforçar para quem se preocupa verdadeiramente com a segurança informática dos sistemas.
O que nos resta quando a segurança falha – Manuel Ribeiro, Swivel
Manuel Ribeiro abordou os vários métodos que podem fazer parte da “anatomia” de um ataque. A apresentação focou-se, em grande parte, no impacto do WannaCry tendo evidenciado alguns factos importantes deste ataque.
O evento teve a duração de dois dias e contou com o apoio de vários patrocinadores e expositores, como a IDW, Swivel, Warpcom, Allot, Cilnet, Compta, Layer8, Securnet, VMware, Arrow, GTI e Westcon. Além das apresentações que demos a conhecer, realizaram-se muitas outras com temas muito interessantes e atuais.
Um agradecimento à Check Point pelo convite, em especial ao Rui Duro.