CeBIT 2010 Global Conferences: Skype
Pela terceira vez desde o aparecimento da CeBIT, a maior e mais importante feira do mundo das TIC, as Global Conferences seguem este ano o tema “The challenges of a changing world – ICT for better lives and better business” – Os desafios de mudar o mundo – TIC para uma vida melhor e um negócio melhor.
A segunda keynote que tive oportunidade de presenciar foi dada por Russ Shaw, General Manager EMEA (Europe, Middle East and Africa) e General Manager da Mobile Skype Technologies, com o título “New value-add partnerships in the ICT industry” – novas parcerias de valor na indústria TIC.
Estas conferências decorrem durante a CeBIT e são constituídas por uma série de keynotes, roundtables e talks com oradores de luxo, tais como inovadores das tecnologias de informação e comunicação (TIC), empreendedores, enfim, indivíduos que se propõem a partilhar as suas visões e os seus planos para o futuro dentro das suas empresas. É já sabido que quando vou a este ou aquele evento, é natural para mim escrever o meu relato de uma forma que se aproxima bastante de um diário. E este não é excepção. O objectivo principal dos meus relatos é aproximar o vosso sentimento de participação, consciência e informação à realidade que tive a oportunidade de vivenciar.
No dia 4 de Março, a segunda keynote do meu dia começou às 11h30, logo a seguir da keynote da Microsoft.
1:30 – 12:00
New value-add partnerships in the ICT industry
Russ Shaw, General Manager EMEA (Europe, Middle East and Africa) e General Manager da Mobile Skype Technologies
Motivação: Para corresponder às expectativas do consumidor móvel é absolutamente necessário que as operadoras, fabricantes de dispositivos e fornecedores de serviços e aplicações trabalhem juntos de uma forma mais eficiente. Isto requer novos modelos de negócio e parcerias em vez de defender o status quo. Esta sessão focar-se-á na forma como a indústria móvel deverá abraçar a realidade do mercado actual, e demonstrar como as empresas de smartphones já estão um passo à frente.
Russ Shaw começou por mostrar à audiência que o projecto Skype assenta numa premissa simples e de valor: possibilitar uma comunicação rica, fácil, rápida e barata entre os seus utilizadores.
Hoje em dia o Skype não vive apenas no computador, está também presente nos dispositivos móveis como o iPhone ou o Symbian e ainda nas televisões, graças às parcerias com a Panasonic e LG.
O Skype pretende ser, acima de tudo, independente da plataforma em que assenta, seja ela qual for, a integração deverá ser sempre fácil. Fácil de descarregar, de instalar, de configurar, mas que também seja fiável e muito agradável de se utilizar, minimizando sempre que possível o número de cliques necessários para aceder a uma determinada funcionalidade.
Russ afirma que foi recentemente publicado um estudo revelando alguns resultados surpreendentes: 80% dos empregados de uma empresa de software acha que o seu software é muito bom e ajuda realmente os seus clientes, enquanto que apenas 8% dos seus clientes concorda com esta opinião. Dá que pensar. E remodelar modelos de negócio.
Existe uma série de condições imperativas para o sucesso que, segundo Russ, passam pelas parcerias com empresas reconhecidas e de valor, pelos fabricantes, redes e os developers. O investimento nas redes móveis é crucial. Antigamente, serviços como o Skype eram vistos como grandes ameaças por parte das operadoras móveis. Hoje em dia essa visão já se transformou bastante, sendo já aceites como parceiros. Estas parcerias trazem imenso valor para o cliente, dado que actualmente este se vê dependente da existência de uma ligação wireless ou 3G (bastante caro) para utilizar o seu smartphone como cliente VoIP.
É também nesta área que o Skype pretende sobressair. Chamadas totalmente gratuitas, mas também planos de voz muito atractivos que tragam cada vez mais clientes ao seu serviço. Inovação e competição, são as palavras de ordem na companhia.
No ano de 2009 compraram-se 5 vezes mais smartphones que de 2000 a 2008. É por isso que este é um mercado cheio de potencial, dado que os seus utilizadores pretendem não utilizar apenas os dispositivos de uma forma isolada, mas também conectá-los uns aos outros, quem diz smartphones diz também netbooks, televisões e outros.
Por esta simples razão e também por outros factores positivos como o aumento da autonomia e da experiência do utilizador, Russ afirma que o desenvolvimento do Skype está completamente virado para a criação de aplicações que se integrem de uma forma simples com o maior número possível de dispositivos.
E ficou assim concluída a minha segunda keynote do dia. Na próxima falaremos do G.ho.st.