A responsabilidade de todo o escândalo do Facebook e dos dados que foram acedidos está nas mãos de uma única empresa, a Cambridge Analytica. Foi esta que comprou e analisou os dados dos utilizadores do Facebook e que os manteve mesmo depois de ter sido ordenada a sua eliminação.
Dada esta responsabilidade, era natural que a empresa estivesse sob forte escrutínio e avaliação. Foi precisamente este movimento que levou agora ao seu fecho.
O fim inevitável da Cambridge Analytica
Foi ao final do dia de ontem que a mais conhecida empresa dos últimos tempos reuniu todos os seus empregados e, numa conferência telefónica, anunciou seu o futuro.
Segundo revelaram os seus responsáveis, o fecho da Cambridge Analytica era inevitável, uma vez que a sua associação ao escândalo do Facebook estava a minar a empresa.
A culpa foi apontada ao Facebook
Associado a este veio a perda de clientes e o descrédito da Cambridge Analytica, o que tornou uma possível mudança da empresa inviável e até irrelevante.
Despite Cambridge Analytica’s unwavering confidence that its employees have acted ethically and lawfully, which view is now fully supported by Mr. Malins’ report, the siege of media coverage has driven away virtually all of the Company’s customers and suppliers. As a result, it has been determined that it is no longer viable to continue operating the business, which left Cambridge Analytica with no realistic alternative to placing the Company into administration.
É assim inevitável o fim da empresa, depois dos trabalhos que realizou para a campanha de Donald Trump, sempre com base nos dados que recolheu do Facebook.
Segundo as mais recentes dados, a Cambridge Analytica não se terá limitado ao Facebook, tendo também obtido dados dos utilizadores do Twitter, sempre com os mesmos propósitos.
O apelo à inocência até ao final
Na nota de imprensa publicada, a Cambridge Analytica continua a insistir na sua inocência e tentar mostrar que ainda não houve qualquer investigação que tenha provado a culpa da empresa em qualquer processo.