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BuzzFeed vai passar a usar ChatGPT para “melhorar” e “personalizar” os seus conteúdos

O BuzzFeed é talvez a empresa que mais conteúdos virais cria para a internet. A sua fórmula já quase perfeita parece ter margem para melhorar e para isso já assumiu que vai passar a integrar o ChatGPT no seu processo criativo.

A empresa garante, no entanto, que a redação continuará focada no trabalho humano. O BuzzFeed demitiu em dezembro do ano passado 180 funcionários.


O BuzzFeed disse que vai passar a usar o ChatGPT, do OpenAI, para “aprimorar” e “personalizar” o seu conteúdo, segundo o The Verge.

Num memorando escrito pelo CEO da empresa, Jonah Peretti, é referido que a Inteligência Artificial (IA) será uma das duas principais tendências que definirão o futuro da imprensa digital (sendo a outra os “criadores”). Peretti diz que em 2023, o “conteúdo baseado em IA” do BuzzFeed será lançado no site, “melhorando a experiência do questionário, informando o brainstorming e personalizando o conteúdo para o público”.

A nossa indústria vai expandir-se além da curadoria baseada em IA (feeds) para a criação baseada em IA (conteúdo). A IA abre uma nova era de criatividade, onde humanos criativos como nós desempenham um papel fundamental, fornecendo ideias, moeda cultural, comandos inspirados, IP e formatos que ganham vida, usando as tecnologias mais recentes.

A título de exemplo, segundo o The Wall Street Journal, a IA poderia ser usada para gerar argumentos de rom-com personalizados para os leitores. Eles responderiam a uma série de perguntas, incluindo informações pessoais (como “nomeie uma falha cativante” e “escolha um rom-com trope favorito”), que seriam usadas para gerar conteúdo partilhável.

Nos últimos dois anos, a empresa BuzzFeed teve perdas significativas no valor das suas ações, principalmente desde junho do ano passado, que acabou por culminar na demissão de 12% da sua força de trabalho, que corresponde 180 pessoas. Desde o anúncio da integração do ChatGPT na criação de conteúdos, as ações do BuzzFeed já subiram mais de 100%.

Atualmente, são já várias as empresas que estão a testar o ChatGPT para criação dos seus textos. A CNET, por exemplo, tem um programa de escrita de artigos alocado à equipa do CNET Money baseados em IA. Em informação partilhada recentemente, a empresa referiu que mais de metade dos 77 artigos escritos tiveram que ser corrigidos, “com erros substanciais”, alguns tinham pequenos problemas, como nomes incompletos de empresas ou linguagem demasiado vaga para as exigências do canal de informação. Alguns deles ainda apresentavam problemas mais graves, como plágio.

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