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Batimentos cardíacos de moscas controlados através de um laser

Todos os dias assistimos a descobertas incríveis no mundo da ciência. Colocar um coração parado a bater não é propriamente uma novidade não estivéssemos a falar de um método inovador baseado em pulsos de luz de um laser.

A luz pulsada de um laser ao ritmo dos batimentos cardíacos comuns de uma mosca apontados para uma mosca aparentemente morta fizeram-na ressuscitar.

O que um grupo de cientistas levou a cabo foi uma investigação no sentido de criar um pacemaker óptico que, em vez de desencadear um impulso eléctrico como os pacemakers comuns, desencadeia contracções das células cardíacas através de pulsos de luz, baseados na optogenética, termo que se refere a técnicas que combinam luz (óptica), genética e bioengenharia.

Os testes foram levados a cabo numa espécie de insecto, a mosca da fruta, geneticamente modificada cujas células cardíacas continham uma proteína feita a partir de algas sensível à luz. Posteriormente, é dirigido um laser ao coração da mosca activando as células que contém a tal proteína.

Os investigadores, pela voz de Chao Zhou, professor de bioengenharia na Universidade de Lehigh, referem que este método da estimulação óptica traz algumas vantagens face aos métodos tradicionais, uma vez que não exigem intervenção cirúrgica, sendo um método não invasivo, apenas exige a introdução de células-alvo.

Este tipo de investigação não é uma novidade no mundo científico mas, o alargamento deste método a uma nova espécie de ser vivo com sucesso, abre um novo caminho de estudo deste método.

Apesar do grande avanço desta investigação, não será provável, pelo menos a curto prazo, ver este método aplicado aos humanos, principalmente devido à necessidade de existir uma mudança genética, mas também devido ao facto de os corpos não permitirem que a luz atravesse até ao coração.

Fonte: IEEE Spectrum

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