A bactéria E. Coli pode ser um problema para a nossa saúde pois esta é responsável por causar intoxicação alimentar e infecções do trato urinário. Contudo, no mundo da tecnologia estas bactérias podem ser manipuladas geneticamente para fazer todo o tipo de coisas estranhas.
Investigadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) transformaram a bactéria em discos rígidos orgânicos e até conseguiram criar o primeiro código de DNA de seis letras do mundo com a E. coli modificada. Agora, imagine, criaram um tecido “vivo” que se chama bioLogic.
A bactéria E. coli geneticamente modificada, poderá tornar-se no primeiro exemplo de roupas semivivas. O material, chamado de “bioLogic”, é um tecido com auto-refrigeração, característica que poderá ser direcionada para o mercado de roupas desportivas.
Segundo os dados dos investigadores, o tecido bioLogic pode auto-regular a sua temperatura e humidade com a sua capacidade de se auto-regular, tendo constantemente uma resposta e adaptação resultando da temperatura corporal e da transpiração do utilizador. Esta bactéria tem outra característica que está igualmente a ser explorada. A Escherichia coli foi modificada para brilhar à noite.
Biohackers brincam com a Escherichia coli
Depois de verem o potencial desta bactéria, após ser geneticamente modificada, os biohackers e investigadores um pouco por todo o mundo, começaram a desenvolver outras capacidades do organismo vivo. Poderemos ver em breve outras aplicações numa mistura do inerte com esta bactéria.
De acordo com um comunicado de imprensa do MIT, o designer do tecido Wen Wang acredita que há ainda mais aplicações estranhas à espera na loja para o tecido bioLogic:
Podemos combinar as nossas células com ferramentas genéticas para introduzir outras funcionalidades nessas células vivas. Usamos a fluorescência como um exemplo, e isso pode permitir que as pessoas saibam que está a correr no escuro. No futuro, podemos combinar funcionalidades de liberação de odor através da engenharia genética. Então, talvez depois de ir ao ginásio, a camisola pode liberar um cheiro agradável.
Avanços como estes sugerem um futuro em que materiais ou até componentes eletrónicos já não são fabricados ou montados, em vez disso são cultivados. À medida que os cientistas encontram mais e mais formas de forçar o próprio tecido vivo a ter outras funções e servir o homem noutras áreas, chega o tempo de rever as definições instituídas relativas ao que se chama de vida para contornar algumas das questões éticas que irão de certeza surgir.
Ter uma bactéria “transpirada” em forma de tecido, é uma coisa, agora criar um clone de cada um de nós para quando formos velhos termos orgãos para podermos substituir… isso já é outra história bem diferente!