São já várias as histórias relativamente a drones que ameaçam a segurança de grandes aeronaves. Esta sexta-feira um avião da Aero Vip teve de realizar uma manobra quando se aproximava do Aeródromo de Cascais para evitar a colisão com um ‘drone’ a 300 metros de altitude.
O que diz o regulamento relativo aos Drones?
Segundo o regulamento português para drones “As Aeronaves pilotadas remotamente (RPA) apenas podem efectuar voos diurnos, em operações VLOS (Operação à linha de vista), até 120 metros acima da superfície (400 pés) nos casos em que as aeronaves não se encontram a voar em áreas sujeitas a restrições ou na proximidade de infraestruturas aeroportuárias. Voos acima de 120 metros acima da superfície (400 pés) carece de autorização expressa da ANAC (Autoridade Nacional da Aviação Civil).
A operação deste tipo de aeronaves deve ser executada de forma a minimizar riscos para as pessoas, bens e outras aeronaves.”.
No entanto têm sido vários os drones avistados a mais de 120 m de altitude em áreas sujeitas a restrições ou na proximidade de infraestruturas aeroportuárias.
Em declarações à Lusa, o comandante Jorge Cernada que pilotava o avião da Aero Vip revelou que..
Na aproximação à pista 35 de Cascais vislumbrei um objeto que julguei ser uma ave. Ao aproximar-me, apercebi-me de que se tratava de um ‘drone’ de grandes dimensões, de quatro rotores. Tive de mergulhar, aumentar a razão da descida, para evitar a colisão com o ‘drone’, que passou a cerca de cinco metros acima da asa esquerda.
O comandante revelou ainda que…
…o incidente ocorreu pelas 18:00, num momento em que o ‘drone’ “estava a cerca de 300 metros de altitude, na linha de voo que o avião seguia” sobre a vila de Tires (distrito de Lisboa), a “dois, três minutos de aterrar”
Segundo a agência Lusa, o Dornier 228, levava 14 pessoas a bordo e já se encontrava com a configuração de aterragem e com o trem em baixo. O piloto classifica o incidente como “muito grave”.