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Autenticação Neuronal? Sim, o seu mapa cerebral é a password

Actualmente, um dos grandes desafios da indústria de segurança ligada à tecnologia é a autenticação. A password está ultrapassada e a corrida ao melhor sistema começou há anos com o aparecimento dos sistemas biométricos.

A nossa impressão digital tem vindo a substituir a password em alguns sistemas assim como a leitura da nossa íris… mas há quem queira chegar mais longe. Será que o nosso mapa cerebral não poderá funcionar como a nossa password neuronal?

Autenticação via actividade neuronal

Sabemos que actualmente os sistemas de autenticação biométrica recorrem a diferentes partes do nosso corpo para adquirir leituras únicas. Exemplos dessas leituras são a utilização das nossas impressões digitais ou a leitura da íris. Agora há quem queira ir muito mais longe, isto é, usar algo que é único mas muito mais “íntimo”.

Será possível autenticar através de mapas cerebrais de actividade neural?

A resposta chega-nos de investigadores do Centro Basco de Cognição e da Universidade de Binghamton. Os investigadores destas instituições estão a trabalhar para capturar os dados que o nosso cérebro mapeia como um meio de autenticação de cada assunto, uma vez que aparentemente estes são únicos e irrepetíveis.

 

Como funciona a Autenticação Neuronal?

Cada pessoa em resposta a determinado estimulo externo apresenta padrões de actividade neuronal. Esses padrões formam um mapa do cérebro único em cada pessoa.

Mapeando os padrões de actividade neuronal do cérebro, consegue-se um sistema de autenticação idêntico a uma impressão digital. Utilizando sensores apropriados, estas actividades podem ser “lidas” e funcionar como ferramenta de autenticação. Em estudos anteriores com 30 candidatos, o método foi totalmente positivo, tendo alcançado uma taxa de sucesso de 97%.

No referido estudo, o método colocou à disposição do utilizador uma palavra que era visualizada apenas durante meio segundo. De seguida era registada a resposta que o cérebro produzia e esta reacção era usada como password de autenticação, tendo em conta que cada pessoa teve reacções diferentes, mas com reacções padronizadas individualmente.

Os investigadores tentam agora saber como obter um sinal mais “limpo”, que incida apenas sobre a actividade associada com as palavras e não o barulho neuronal de fundo. Memórias, ou os pensamentos desencadeados por determinadas palavras-chave, podem variar por causa das associações que temos com as mesmas. Para uma pessoa “pizza” poderia ter uma conotação negativa, ao passo que para outra pessoa poderia pensar sobre isso de uma forma neutra.

Há ainda muito a fazer em relação à autenticação neuronal, mas o potencial está na cabeça de cada um e foi descoberta a forma de a usar, resta refinar a tecnologia.

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