Ao longo de uma semana, os médicos registam as suas horas de trabalho, lazer e sono e o programa calcula os níveis de risco, considerando que os profissionais que sofrem menos de cansaço são os que trabalham menos de 50 horas por semana e os que estão expostos a um alto nível de risco trabalham mais de 70 horas. Dois terços dos médicos nos hospitais australianos estão nas zonas de risco significativo ou alto, de acordo com uma pesquisa da AMA. Dos médicos na categoria de alto risco, 24% trabalham cerca de 80 horas por semana e 81% deles têm apenas um dia de folga semanal.
«Infelizmente, a exaustão continua a ser aceite como parte da rotina de um médico de hospital», afirmou o presidente da associação, Mukesh Haikerwal, adiantando que, em certos casos, um profissional trabalha até 119 horas por semana, com períodos ininterruptos de trabalho de até 39 horas. Pesquisas indicam que os níveis excessivos de cansaço têm um impacto sobre o tempo de reacção, atenção e raciocínio, pondo em risco a segurança dos pacientes. O efeito é parecido ao do álcool.