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Armas Inteligentes: regras de produção começam a ser definidas

Muitos estados americanos, e mesmo a própria União Europeia, consideram que as armas inteligentes são uma pedra basilar para a segurança e prevenção de roubo e uso indevido de armas.

Mas a sua utilização carece de reflexão e de legislação. Neste sentido, os Estados Unidos começam a dar os primeiros passos com a introdução de algumas regras para a produção deste género de armas.

Na Era em que tudo é inteligente, desde os telefones, os equipamentos domésticos e até aquilo que vestimos, eis que se começa a ouvir falar de armas inteligentes.

O termo Smart Gun é normalmente utilizado para definir o conjunto de armas que traz consigo uma série de tecnologias integradas, desde sensores de proximidade, ímanes, identificador de frequências de rádio, micro-chips e sensores biométricos, que fazem com que estas armas sejam muito mais seguras.

Regras para a produção de armas inteligentes

As autoridades federais dos Estados Unidos, lançaram um conjunto de orientações para definir os requisitos mínimos técnicos que as agências de aplicação da lei devem esperar das armas inteligentes. As especificações, agora recomendadas, abrangem apenas as pistolas e, a partir de 13 de Setembro, estarão abertas às sugestões da população.

A grande diferença, entre uma arma inteligente e uma normal, prende-se com a introdução de um dispositivo de segurança, que impeça a utilização da arma por pessoas que não estejam autorizadas. Contudo, este dispositivo de segurança terá que ser capaz de reconhecer a utilização de mais do que uma pessoa, e não deverá alterar o funcionamento normal de uma arma, nem tão pouco torná-la lenta ou pouco prática.

A interferência magnética é outro aspecto a ter em consideração, já que não poderá desactivar o mecanismo que funcionará com bateria. A arma deverá alertar o utilizador quando a carga do recurso estiver baixa, possibilitar a recarga por uma fonte de electricidade e a troca de bateria de forma simples.

Estas especificações agora propostas serão avaliadas e discutidas pelo National Institute of Justice já no próximo mês de Agosto.

 

Argumentos pró e contra

Os casos de acidentes, que acontecem quando as crianças encontram as armas dos pais e decidem fazer delas uma brincadeira, são, infelizmente, muito frequentes. Com armas deste género, com mecanismos de segurança que as impeçam de disparar, seria provável que estes casos diminuíssem. Estes e tantos outros, como os de homicídios que ocorrem com recurso a armas roubadas.

Mas, se estes são argumentos válidos para a utilização destas armas e defendidos por uma série de vozes que até são contra o uso de armas, existem outros tantos argumentos contra, que parecem ser mais fortes do que os a favor.

A legalização deste tipo de armas e a sua comercialização tem sido muito contestada. Os defensores do uso e porte de armas, consideram que, por exemplo, perante uma situação de perigo iminente, a tecnologia incutida nas armas pode falhar. Além disso, têm medo de vir a ser vítimas por parte de hackers, e afirmam que a segurança defendida pode ser quebrada facilmente.

Nos Estados Unidos, proprietários de lojas de armas que anunciaram a venda da Armatix iP1, foram ameaçados de morte, sendo obrigados a abandonar a ideia.

Contudo, existe um pequeno grupo de pais de vítimas do massacre de Sandy Hook, que ocorreu em Dezembro de 2012, que se juntou para financiar projectos tecnológicos que promovam a utilização mais segura de armas de fogo.

National Institute of Justice

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