Não é a primeira vez que a Apple recorre às patentes dos seus equipamentos para marcar uma posição face à concorrência e garantir assim a exclusividade do design dos seus produtos. É uma forma de proteger os investimentos.
Foi esta semana aprovada pela USPTO (US Patent and Trademark Office) a patente da forma de lágrima do MacBook Air, o que garante assim à Apple a posse da ideia original que tiveram aquando do lançamento deste portátil e que o torna único e distinto da concorrência.
A patente que a Apple submeteu e foi agora aprovada garante a esta a posse sobre a forma do MacBook Air. Foi patenteada a forma geral do chassi do MacBook Air e não detalhes específicos da sua forma.
Esta patente vem criar um problema grave a todos os fabricantes que têm em comercialização os Ultrabooks pois promete abrir mais uma frente na guerra as patentes.
O que foi patenteado pela Apple está presente na maioria dos equipamentos Ultrabooks pois estes têm, de forma quase obrigatória de ter a famosa forma de gota, sendo mais grossos onde devem ser, na união entre o monitor e o teclado, e finos no extremo oposto, onde termina o teclado.
Esta patente tinha sido submetida para apreciação há cerca de um ano (01 de Julho de 2011) e foi agora aceite pela USPTO.
Não está claro se a Apple, agora que tem a posse legal da forma genérica dos Ultrabooks, vai abrir mais uma frente na sua guerra de patentes contra os concorrentes.
Podemos no entanto afirmar com clareza que patente vem delimitar o que se pensava ser a propagação dos Ultrabooks, que começavam agora a entrar no mercado dos computadores portáteis.
A patente agora aprovada, com o número D661,296, pode ser vista na íntegra no PDF abaixo.
São detalhados pormenores que vão com certeza limitar em muito a produção e comercialização de novos Ultrabooks. Vejam a totalidade das 10 páginas que compõem a patente e vejam de que forma a Apple pretende limitar a concorrência e garantir a exclusividade do seu MacBook Air.
A verdade é que os Ultrabooks que estão presentes no mercado são, na sua maioria cópias do MacBook Air, mas vendidos a preços muito mais baratos, o que leva a serem preferidos face aos equipamentos da Apple. Com esta patente esta situação pode alterar-se, com a vantagem óbvia para a Apple.
Mesmo que para já a Apple não se decida a intentar acções em tribunal contra os actuais fabricantes do Ultrabooks, como o fez com o iPhone e iPad, garante pelo menos que estes tenham de alterar as formas dos seus novos produtos, para que não sejam arrastados para os tribunais e vejam os seus produtos ser banidos de alguns mercados.
Esta patente vem limitar um segmento ou sustentar esse mesmo segmento?