A Apple efectuou recentemete uma actualização aos preços praticados em algumas App Stores Europeias, aumentando o valor mínimo das aplicações, que até ao momento era de 0,79 €, para 0,89 €.
Nesta actualização a Apple passou também a cobrar as aplicações na moeda local em determinados países que até ao momento tinham os preços em dólares americanos (USD).
Todos sabemos que uma das coisas que mais contribuiu para o crescimento do sucesso dos dispositivos móveis da Apple foi a sua loja de aplicações, a App Store. Começou por estar disponível no iPhone e iPod Touch, foi herdada pelo iPad e mais tarde chegou mesmo aos computadores, e tem estado em contínuo crescimento, tendo mesmo chegado recentemente, segundo informações da própria Apple, às 35 mil milhões aplicações descarregadas pelos utilizadores.
Embora exista uma grande quantidade de aplicações disponíveis gratuitamente, há também aplicações pagas, que na sua generalidade valem o dinheiro gasto pela sua elevada qualidade e funcionalidade.
O valor das aplicações começava, até há muito pouco tempo, nos 0,79 € (0,99 USD). No entanto a Apple decidiu fazer uma actualização dos preços das App Stores europeias, a Portuguesa incluída, aumentando o valor mínimo das aplicações de 0,79 € para 0,89 €. Tratou-se de um aumento elevado, superior a 10 %, que embora pouco se note nas aplicações mais baratas, torna-se bastante pesado se falarmos em aplicações mais caras.
Este aumento dos preços pode ser explicado por vários factores. Um deles é o facto de o euro ter vindo a perder valor face ao dólar, tendo actualmente um câmbio bem menor que há um ano atrás. Esta descida do valor do euro fez com que desde há algum tempo que as aplicações vendidas nas lojas europeias representavam menor lucro para a Apple e programadores que as mesmas aplicações nas lojas em que eram praticados preços em USD. Também o aumento de impostos em alguns países pode ser considerado mais um contributo para este aumento.
Segundo o site MacStories, a Apple pode também ter aumentado a sua margem de lucro, que se encontrava entre os 35% e os 36%, fixando-a nos 40%, podendo chegar aos 41% em alguns casos, com arredondamentos.
Como já disse acima, as consequências deste aumento podem parecer mínimas em aplicações mais baratas, mas já o mesmo não se pode dizer quando se consideram aplicações mais caras.
Por exemplo, uma das aplicações da suite iWork, da Apple (Pages, Numbers e Keynote), custava até agora 7,99 €. Actualmente custa 8,99 €. O iPhoto, também da Apple, tinha um preço de 3,99 €, passando com esta actualização para 4,99 €.
Fica a seguir uma lista de alguns dos preços antigos com respectiva actualização:
- Antes: 0,79 € | Agora: 0,89 €
- Antes: 1,59 € | Agora: 1,79 €
- Antes: 2,39 € | Agora: 2,99 €
- Antes: 3,99 € | Agora: 4,99 €
- Antes: 7,99 € | Agora: 8,99 €
Até ao momento foram registadas alterações dos preços nas lojas dos seguintes países: Portugal, Espanha, Itália, França, Holanda, Grécia, Polónia, Alemanha, Bélgica, Áustria, República Checa, Dinamarca, Luxemburgo, Hungria e Rússia.
Os países em que os preços deixaram de ser apresentados em USD, passando a ser apresentados na moeda local, foram os seguintes: Rússia (Rublo), Turquia (Lira), Índia (Rúpia), Indonésia (Rúpia), Israel (Novo Shekel), Arábia Saudita (Rial), África do Sul (Rand) e Emirados Árabes Unidos (Dirham).
Terão estes aumentos alguma consequência na forma como os utilizadores de produto Apple fazem as suas compras nas lojas de aplicações? Provocarão estas alterações descontentamento na comunidade de utilizadores?