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Anis-estrelado ou Tamiflu

Conheça a planta com a qual se produz o Tamiflu O “Anis-estrelado” é a planta a partir da qual é produzido o fármaco mais desejado do momento, capaz de travar a progressão da mais perigosa estirpe da gripe aviária, o H5N1.

O mais curioso é que até você pode ter um destas “estrelas” a enfeitar a sua casa!

Diariamente somos confrontados com notícias de novas infecções com a mais perigosa variante da gripe das aves – o H5N1.

Até ao momento, existe apenas um anti-viral eficaz no combate à propagação da doença no homem: o Tamiflu (cujo princípio activo é o oseltamivir) é o medicamento que oferece maior resistência à temível estirpe H5N1 da gripe das aves. Mas, enquanto os receios de uma mutação generalizada do vírus H5N1 se avolumam (devido à sua mutação e propensão para adquirir genes de outros vírus), pouco se sabe sobre a origem deste fármaco.

O principal componente do Tamiflu é o Illicium verum ou como vulgarmente se designa “Anis-estrelado” (em chinês, Jiao Hui Xian ). É precisamente a partir desta planta originária da China e do Japão que se produz o mais desejado fármaco da actualidade.

O “Anis-estrelado” nasce numa árvore da mesma família da Magnólia, que pode alcançar cinco metros de altura e é a partir do seu “fruto” acastanhado em forma de estrela que se produz o, até agora, mais potente fármaco capaz de travar a propagação da temível estirpe do vírus da gripe aviária – H5N1. A planta existia apenas em quatro províncias chinesas, mas a sua cultura generalizou-se no mundo ocidental quando chegou à Europa pela mão dos ingleses. A partir do século XIX passou a ser utilizada também como especiaria.

Conhecido por ter um efeito anticéptico, anti-inflamatório, calmante, digestivo e diurético, o “Anis-estrelado” foi utilizado durante milhares de anos na Ásia Oriental como tempero para alguns pratos de aves e, mais tarde, como tratamento caseiro para atenuar as cólicas nas crianças. A partir de 1997, esta planta começou a ganhar uma nova relevância.

Quando começaram a ser detectados os primeiros casos de gripe das aves no sudeste asiático, o mercado farmacêutico, em particular os laboratórios Roche, passou a consumir cerca de 90 por cento da totalidade do “Anis-estrelado” produzido em todo o mundo.

Curiosamente, além de nos dias de hoje ser a base na produção do Tamiflu, este sugestivo fruto acastanhado, é também utilizado mero objecto decorativo. Se olhar bem para os pout-pourri que utiliza na sua casa, é provável que encontre a mais recente “estrela” do mundo dos fármacos

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