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ALERTA: Portugal esgota a partir de hoje os recursos naturais

De acordo com dados divulgados pela associação ambientalista Zero, Portugal esgota este domingo os recursos naturais disponíveis para este ano e começa a usar recursos que só deveriam ser consumidos no próximo ano.


Portugal é deficitário na sua capacidade para fornecer os recursos naturais

Segundo um comunicado da Associação Zero, se a humanidade consumisse como Portugal os recursos para este ano acabavam este domingo. Ou, dito de outra forma, “se cada pessoa no planeta vivesse como uma pessoa média portuguesa, a humanidade exigiria cerca de 2,9 planetas para sustentar as suas necessidades de recursos”.

Segundo a Zero…

Portugal é, já há muitos anos, deficitário na sua capacidade para fornecer os recursos naturais necessários às atividades desenvolvidas (produção e consumo). O mais preocupante é que a ‘dívida ambiental’ portuguesa tem vindo a aumentar

O consumo de alimentos (30% da pegada global do país) e a mobilidade (18%) estão entre as atividades humanas que mais contribuem para a Pegada Ecológica de Portugal e constituem assim pontos críticos para intervenções de mitigação da Pegada.

A Zero cita dados oficiais para lembrar que a circularidade dos materiais em Portugal é de apenas 2,2%, quando a média comunitária está quase nos 13%, que os portugueses comem cerca de três vezes mais proteína animal do que deviam, em detrimento dos legumes e frutas, e que só 9,7% do consumo final bruto de energia nos transportes provém de fontes renováveis.

A Pegada Ecológica avalia as necessidades humanas de recursos renováveis e serviços essenciais e compara-as com a capacidade da Terra para fornecer tais recursos e serviços, a biocapacidade.

Os dados indicam que seriam precisos 5,1 planetas se todos fossem norte-americanos, 4,5 planetas se o mundo fosse como a Austrália e apenas 0,8 planetas se todos vivessem como os indianos.

A Pegada Ecológica mede o uso de terra cultivada, florestas, pastagens e áreas de pesca para o fornecimento de recursos e absorção de resíduos (por exemplo, o dióxido de carbono proveniente da queima de combustíveis fósseis), e que a biocapacidade mede a quantidade de área biologicamente produtiva disponível para regenerar esses recursos e serviços.

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