A Internet não só promove o lazer, o contacto social e a acessibilidade à informação de uma forma rápida e simples.
Três em cada quatro, dos 895 internautas entrevistados online, acreditam que a Internet promoverá a Inteligência das pessoas, ao longo dos próximos 10 anos, bem como desenvolverá a leitura e a escrita dos mesmos.
Este estudo do Imagining the Internet Center (Universidade de Elon) contou, entre outros, com a opinião de cientistas, empresários, consultores, escritores e engenheiros de tecnologia. Da amostra de 895 investigados, 371 seriam “especialistas” na área.
Esta pesquisa foi impulsionada por uma reportagem da revista Atlantic Monthly (Agosto/08), intitulada “O Google está a deixar-nos Burros?”, pelo repórter de tecnologia Nicholas Carr. A reportagem teria como principal destaque, o uso da Internet como meio de termos respostas, sem antes pensarmos por nós mesmos, sem antes reflectirmos, deixando que, mal tenhamos uma dúvida, o Google nos elucide.
Outro estudo pertinente nesta área foi o realizado pelo Neurocientista Gary Small (director do Centro de Pesquisa em Memória e Envelhecimento da Universidade da Califórnia). A pesquisa contou com voluntários dos 55 aos 76 anos, os quais foram submetidos a testes com Ressonância Magnética Funcional, ao mesmo tempo que navegavam na Internet.
Small refere como principal conclusão que “a exposição à Internet fortalece alguns circuitos neuronais. Assim fazemos mais com o cérebro, gastando menos energia. É como a orientação de um Personal Trainer. Aprendemos a levantar mais peso, com menos esforço.” Small refere ainda que a Internet pode ser uma fonte de exercícios para a mente, mas tem que ser usada com moderação. O seu uso excessivo tem consequências nocivas.
As áreas em actividade durante a exposição à Internet são as que abrangem a tomada de decisão e o raciocínio complexo (que nos diferencia dos animais). O uso da Web fortalece os circuitos neuronais.
Todos os sujeitos da amostra, mesmo os que não tinham familiaridade com a Internet, após 5 dias de treino mostraram maior actividade mental.
Para Gary Small, num futuro não muito distante, os sujeitos terão a capacidade de monitorizar e estimular a actividade de células cerebrais individuais. Também será possível verificar e corrigir o nosso circuito neuronal com base em controlos remotos, equiparados aos das TVs. A nossa cabeça terá mínimos implantes que nos possibilitarão ligar ao computador e, desta forma, ele saberá o que queremos fazer sem auxílio de rato e teclado.