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A bola de basquetebol foi reinventada. Não tem ar e traz um design de malha impressa em 3D

O basquetebol foi inventado em 1891. Desde então a modalidade evoluiu, mas devagar, sem grandes nuances. Aliás, a bola também pouco evoluiu… até agora. A prestigiada marca Wilson reinventou a bola de basquetebol recorrendo à mais avançada tecnologia 3D. O resultado é uma inovação que pode mudar as bolas de várias modalidades.


A bola de basquetebol feita em 3D

O fabricante de equipamento desportivo Wilson apresentou um protótipo de bola de basquetebol sem ar impressa em 3D que, ao contrário das bolas tradicionais, não precisa de ser insuflada.

Fabricada a partir de um polímero elastomérico desenvolvido pela Wilson, a bola sem ar tem uma estrutura de rede transparente com orifícios hexagonais que permitem a passagem do ar através dela. Embora impressa como uma peça sólida, o design apresenta “costuras” e oito painéis que fazem referência ao design das bolas de basquetebol tradicionais.

De acordo com Nadine Lippa, engenheira responsável do projeto na Wilson, o objetivo da empresa era desenvolver uma bola que tivesse o mesmo desempenho que as bolas de basquetebol típicas em termos de tamanho, peso e ressalto, mas que não tivesse de ser insuflada.

O meu diretor, Kevin Krysiak, encarregou-me inicialmente de reinventar a bola de basquetebol. Um dos parâmetros ou atributos que sentimos que podia ser melhorado tinha a ver com o facto de todas as bolas insufláveis acabarem por ficar vazias. Como tal isto serviu de ímpeto para criar uma bola sem ar que não requer a utilização de uma bomba de ar ou de uma agulha – é apenas uma peça única de equipamento que pode simplesmente sair a jogar.

Explicou a engenheira da Wilson.

 

Aspeto arrojado, mas com resultados positivos para uma bola “sem ar” 3D

O aspeto mais desafiante foi garantir que a bola saltava como as outras bolas de basquetebol. Para tal, a Wilson colaborou com a empresa de fabrico EOS para produzir a bola, que foi feita utilizando o método de fabrico aditivo de sinterização seletiva a laser (SLS).

O método envolveu a utilização de lasers para fundir camadas de pó de polímero no desenho 3D. Posteriormente, o excesso de pó circundante foi removido. A bola foi selada e tingida de preto.

Segundo a engenheira, o aspeto mais difícil do desenvolvimento da bola sem ar foi garantir que o seu ressalto fosse semelhante ao de outras bolas de basquetebol.

Um dos maiores desafios do projeto foi encontrar algo que fizesse o ressalto à altura esperada e que não tivesse ar, porque a bola insuflada depende realmente da pressão do ar para gerar o ressalto.

Disse Lippa.

Testámos a nossa bola impressa em 3D, mas ainda não estávamos satisfeitos com o aspeto da durabilidade, por isso também batemos na bola com um taco de basebol.

Ficámos muito satisfeitos por ver que não a conseguimos danificar, mesmo em condições tão agressivas.

Referiu também Nadine Lippa.

Ao criar uma bola sem ar, a Wilson pretendia eliminar os problemas de perda de ar causados por força bruta, defeitos de fabrico ou fuga através da válvula durante um longo período de tempo.

O design sem ar também supera a contração das bolas insufladas causada por ambientes e temperaturas variáveis. Segundo a engenheira, as alterações de temperatura do ar exterior influenciam o ar interior da bola promovendo uma alteração no comportamento.

O protótipo da bola foi apresentado em fevereiro no All-Star Weekend da NBA deste ano, onde o público foi convidado a jogar com a bola. A Wilson está a realizar mais investigação antes de a lançar oficialmente como produto.

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