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36% dos Portugueses já partilhou a password do e-mail

E-mail, redes sociais, compras online e acesso ao homebanking, entre outros, levam a que circulem muitas informações privadas e sensíveis pela Net.

Com o objectivo de avaliar o comportamento e acções dos portugueses online (e não só), a Deco realizou um pequeno estudo e os resultados são bastante interessantes.

De acordo com o inquérito realizado pela Deco, 40% dos inquiridos sofreu nos últimos 5 anos problemas de segurança (com vírus) e 15% algum tipo de violação da privacidade. O inquérito contou com 679 participações.

Cerca de 65% dos inquiridos nem sempre minimizam os riscos à espreita. Entre as vítimas de malware, 5% perderam tudo o que tinham no PC, 7% foram vítimas de phishing (tentativa de roubo de informação pessoal) e 5% foram alvo de ransomware (bloqueio do PC em troca de resgate).

Fazer backups regulares permite recuperar as pastas e os ficheiros pessoais, mas 39% confessam não ter este hábito. A grande maioria protege os computadores com um antivírus: destes, 81% optam por um programa gratuito da Net. Os restantes pagam, em média, € 58 por ano por um pacote de segurança.

BIG BROTHER EM AÇÃO

Acesso não autorizado ao e-mail ou à conta da rede social são acontecimentos frequentes entre os jovens, com um quarto dos inquiridos entre 18 e 34 anos a reportar violações da privacidade. Confessam revelar mais vezes a palavra-passe do correio eletrónico ou da rede social a um amigo ou só conhecido.

POUCOS AMIGOS NAS REDES SOCIAIS

A maioria dos inquiridos (87%) é detentora de uma conta numa rede social, quase sempre no Facebook, mas também no Twitter ou no Instagram. Metade confessa usar a rede social de forma contínua ou quase. Não conseguir desligar-se da Net ou do telemóvel e sofrer de problemas de sono, irritabilidade, baixa produtividade,  isolamento, ansiedade e depressão são sinais de alarme em termos psicológicos.

Entre os “amigos” do Facebook, mais de metade são pessoas que o utilizador apenas conhece superficialmente (53%) ou que nunca viu cara a cara (30%). Ou seja, só 17% são pessoas mesmo próximas. A taxa de arrependidos e que já teve de eliminar pessoas entre os seguidores ou comentários publicados sobre si na rede é considerável.

Configurar o perfil dos amigos, por grupos, e o nível de privacidade das mensagens ajuda a reduzir o risco de correio indesejável. Mas 22% admitem nunca ter configurado a privacidade da conta e cerca de um quinto optou pelo perfil público. Só 54% disponibilizam a informação a um círculo privado de amigos. Cerca de 60% dos inquiridos afirmam ter agora mais cuidado e pensar bem antes de publicar algo online.

Sete em cada 10 inquiridos encontram dados pessoais online sem terem intenção de os partilhar, como fotos, morada, etc. Cerca de 5% queixaram-se de já terem sido alvo de difamação, ameaças ou perseguições. Não é raro remover pessoas da lista de “amigos” nas redes sociais ou corrigir ou apagar posts (fotos ou comentários).

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