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1 em cada 7 habitantes do planeta não existe oficialmente

O mundo tem muita gente, é verdade. Estima-se que a população global tenha atingido já os 7,6 mil milhões de humanos neste mês de outubro de 2017 e as Nações Unidas estimam que a população do nosso planeta chegue aos 9,8 mil milhões em 2050 e aos 11,2 mil milhões no ano de 2100.

Mas e se lhe disser que 1 em cada 7 habitantes do planeta não existe oficialmente?


Os Invisíveis

De acordo com um relatório do Banco Mundial divulgado recentemente, no planeta existem mais de mil milhões de pessoas que, oficialmente, não têm identidade. Por outras palavras, de acordo com o projeto Identificação para o Desenvolvimento (ID4D), um em cada sete habitantes do mundo, oficialmente, não existe.

A maior parte destas pessoas são de países africanos ou asiáticos e mais de um terço destes “invisíveis” são menores de 18 anos. Segundo expõe a publicação NDTV, estas pessoas são crianças vulneráveis à violência que não foram registadas ao nascer. O problema é particularmente grave em áreas afetadas pela pobreza, discriminação, epidemias ou conflitos armados.

O programa do Banco Mundial prevê reduzir o número de pessoas não identificadas. De acordo com o relatório, “quando a maioria das pessoas tem uma identificação formal e os sistemas de identificação funcionam bem, as pessoas têm acesso aos serviços necessários”.

Além disso, como dá a conhecer o relatório, o problema dos “invisíveis” é um problema com impacto ao nível nacional, pois quando a população está identificada “os governos funcionam melhor, usam os recursos de forma mais eficientes e melhoram os seus ficheiros para as futuras sociedades”.

Tecnologia móvel ao serviço da humanidade

A Plan International, que lançou a campanha “Every Child Counts” em 2005, contribuiu para o registo de mais de 40 milhões de crianças em 32 países.

A organização desenvolveu uma estratégia digital: os líderes da aldeia podem descarregar uma aplicação móvel capaz de notificar o governo de nascimentos e mortes nas suas aldeias. Assim, provavelmente será este tipo de tecnologia tornada vulgar e acessível que poderá mudar o estado humano destas pessoas que “não existem”.

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