Cada vez mais passamos o tempo a usar os nossos browsers e a fazer deles as nossas ferramentas principais de trabalho. Podemos usá-los para aceder a outras máquinas, para aceder a suites de produtividades, para ver televisão ou até, na sua forma mais básica, para navegar na Internet e aceder a tudo o que ela nos pode oferecer.
Com esta realidade cada vez mais enraizada, algumas pessoas tentam trazer para esta ferramenta tudo o que têm no computador e que necessitam de ter no seu browser.
Foi precisamente isso que fez Jose Jesus Perez Aguinaga, por necessitar de ter uma forma de tomar pequenas notas e pensamentos. Tornou o seu browser numa ferramenta para tomar notas.
A motivação de Jose Jesus Perez Aguinaga era muito simples. Precisava de um local ou de uma forma onde colocar todos os seus pensamentos ou notas, sem que tivesse para isso de sair do seu ambiente natural, o browser.
Claro que dispensava todos os serviços onde é necessário o registo e a abertura de uma página específica. Queria a forma mais simples e rápida de tomar as suas notas e de despejar num folha branca todas as suas ideias.
A solução estava mesmo à frente dos seus olhos. O browser, pelo menos os mais modernos, permitem que coloquemos na barra de endereço elementos html e que estes sejam de imediato interpretados.
Esta capacidade advém do suporte para data URI, que está presente na maioria dos brwosers mais recentes e que devem ter instalados.
Percebida a forma de fazer esse seu bloco de notas faltava apenas o endereço certo, o que também não foi nada difícil. Com uma simples linha de código chegou ao seu objectivo.
O código que Jose Jesus Perez Aguinaga usa agora para o seu bloco de notas virtual pode ser encontrado abaixo:
data:text/html, <html contenteditable>
Basta que o coloquem na barra de endereço do vosso browser e vão de imediato começar a poder escrever e a tomar as vossas notas.
Claro que podem pretender guardar as vossas notas e isso é possível. Mas a melhor parte é que podem voltar mais tarde abrir esses mesmos ficheiros que guardaram e continuar a editar as vossas notas.
Ao publicar esta informação no seu blogue, depressa começaram a chegar comentários com melhorias e alterações a esta sua ideia minimalista.
Algumas são muito interessantes e revelam bastante criatividade. Conseguem tirar de uma simples linha, a ser colada na barra de endereço, capacidades que não nos pareceriam óbvias para o nosso browser.
Deixamos aqui apenas um exemplo do que foi apresentado nos comentários:
[pre] data:text/html, <html><head><link href=’http://fonts.googleapis.com/css?family=Open+Sans’ rel=’stylesheet’ type=’text/css’><style type=”text/css”> html { font-family: “Open Sans” } * { -webkit-transition: all linear 1s; }</style><script >window.onload=function(){var e=false;var t=0;setInterval(function(){if(!e){t=Math.round(Math.max(0,t-Math.max(t/3,1)))}var n=(255-t*2).toString(16);document.body.style.backgroundColor=”#ff”+n+””+n},1e3);var n=null;document.onkeydown=function(){t=Math.min(128,t+2);e=true; clearTimeout(n);n=setTimeout(function(){e=false},1500)}}</script></head> <body contenteditable style=”font-size:2rem;line-height:1.4;max-width:60rem;margin:0 auto;padding:4rem;”> [/pre]
Colem no vosso browser esta linha e vejam, à medida que vão escrevendo, a cor do fundo do browser a ser alterada.
Algumas ideias tornaram-se mais práticas e estão já disponíveis na Internet para todos usarem. A página a5.gg permite que coloquem os vossos texto e ao retornarem, mais tarde e noutro separador, estes estejam disponíveis tal como os deixaram, sem que tenham de registar qualquer serviço ou deixar esses textos num qualquer servidor. Faz uso da cache local e funciona em modo offline.
Alguma ideia onde se poderá usar esta característica? E como alterariam este simples código?
