E se o mundo assistisse a uma revolução, no que toca a dispositivos médicos, desencadeada pelas novas tecnologias? Acredite, já está em marcha essa revolução!
SmartBoot é uma bota com sensores embutidos que permite aos médicos monitorizar recuperações em tempo real.
A medicina está a tirar proveito do desenvolvimento da tecnologia, esta onda mais simples e mais próxima do utilizador, para melhorar diagnósticos e mesmo para facilitar a recuperação dos doentes. O facto de ter um pé partido só por si é uma situação complicada mas o procedimento mais correcto é seguir as ordens médicas. Mas será que o que está a fazer e a tomar está a resultar?
Será que o seu dia a dia, a posição que coloca o pé estará a facilitar a recuperação ou está a atrasar que haja uma solidificação óssea da área afectada?
Foi a pensar nisso que uma equipa de investigadores da Universidade de Delaware decidiu projectar a SmartBoot. Este dispositivo não é nada mais nada menos que uma bota ortopédica com sensores embutidos que permite que o seu médico consiga acompanhar de perto a sua recuperação.
O projeto foi patrocinado pele departamento de Engenharia Mecânica do Instituto de reabilitação de Delaware em associação com o Professor Jill Higginson e com o cientista Brian Knarr. Esta equipa multidisciplinar conseguiu com o seu projecto SmartBoot um terceiro lugar no evento 2015 Summer Biomechanics, Bioengineering and BIotransport Conference.
Qual a motivação que existe por trás da SmartBoot?
Basicamente o que está aqui em causa são os conhecimentos médicos que permitem saber ao certo o que ajuda a recuperar mais rapidamente uma lesão por fractura. O peso que pode aliviar a área fracturada, o rolar a perna/pé torcendo a zona em recuperação e outras acções que podem facilitar. Mas então que esforço pode ser prejudicial a quem tem uma fractura?
Segundo o Professor Jill Higginson, os pacientes são informados como devem proceder nos dias a seguir e em toda a etapa de recuperação, mas não há uma “medida” certa do que podem ou não fazer, não há nada que lhes diga que estão a fazer mal alguns movimentos, pois o médico não está permanente a olhar para o seu pé. São os pacientes que supõem que estão a agir correctamente.
É aqui que entra a SmartBoot. Esta foi desenvolvida para colmatar e corrigir essa suposição. Com o sensor incorporado, a bota ortopédica recolhe dados científicos quantitativos sobre o movimento do pé e, em seguida, fornecer um feedback visual ao médico. Isso permite que os médicos verifiquem remotamente se o paciente está a descansar o suficiente e está a “trabalhar” com a carga adequada para o seu pé lesionado. Isso irá evitar que os pacientes cometam movimentos errados que irão certamente elevar o tempo de recuperação.
A SmartBoot será uma realidade no mercado?
Este é agora um protótipo já muito mais maduro com resultados precisos, científicos e que poderá, a partir de agora, ser transportado para um patamar comercial, dado o seu cenário de utilidade. A SmartBoot tem agora melhores sensores de força, melhores circuitos eléctricos e um melhor sistema de autonomia. Isso permite comunicações melhores e um tempo de utilização mais alargado.
O projecto poderá ser agarrado em breve por empresas da área ortopédica e entrar no circuito comercial muito rapidamente. A tecnologia que está embutida tem já maturidade para isso.