Têm chegado várias notícias sobre a utilização de robots e de mecanismos de inteligência artificial para executarem tarefas que, até aqui, eram realizadas apenas pelo humano. Recentemente, um robot androide subiu ao palco em Seul para se tornar maestro e liderar uma apresentação da orquestra nacional da Coreia do Sul.
Robot atua como maestro de orquestra em Seul
As notícias recentes vindas do continente asiático revelam que um robot androide subiu ao palco nesta sexta-feira (30) e tornou-se num verdadeiro maestro ao liderar uma apresentação da orquestra nacional da Coreia do Sul, em Seul.
O robot tem como nome EveR 6 e foi projetado pelo Instituto Coreano de Tecnologia Industrial. Esta foi a primeira tentativa do país sul-coreano em implementar este género de tecnologias numa orquestra, tendo a sua estreia acontecido então no Teatro Nacional da Coreia do Sul.
Numa fase inicial, o robot humanóide curvou-se perante o público e começou depois a agitar os braços ao ritmo da exibição dos vários músicos, como um verdadeiro maestro. Segundo Choi Soo-yeoul, que liderou a apresentação juntamente com o robot, “Os movimentos de um maestro são muito detalhados. O robot foi capaz de apresentar movimentos tão detalhados muito melhor do que eu imaginava“. Contudo, Choi sublinha que a fraqueza do androide é que ele não pode ouvir.
Lee Young-ju, um membro da plateia que estuda música tradicional coreana, disse que os movimentos do robot, embora impecáveis em manter o ritmo, careciam de “respiração”, ou a capacidade de manter a orquestra pronta para se envolver coletiva e instantaneamente, referindo que este é um ponto essencial no desempenho e que “parecia que havia algum trabalho a ser feito para o robot executar a sua função“.
Outro membro da plateia, Song In-ho de 62 anos, disse que a performance de EveR 6 parecia estar num nível elementar e acrescentou que “acho que seria capaz de conduzir sozinho quando equipado com inteligência artificial para entender e analisar a música“.
Ao todo, o robot liderou três das cinco peças exibidas pela orquestra. No final do espetáculo, o maestro Choi disse que “foi um recital que mostrou que (robots e humanos) podem coexistir e complementar-se, em vez de um substituir o outro“.