A eficiência energética é uma das maiores preocupações do nosso tempo. Esta preocupação é também partilhada por todos os fabricantes de automóveis. Ao nível das novas energias, tínhamos referido que a Mercedes, como construtor de veículos de alta gama, seria um dos primeiros gigantes europeus do ramo a anunciar um veículo eléctrico amigo do ambiente. A Lamborghini também está nesse caminho, pretendendo dar um passo importante no campo energético para os seus veículos.
O fabricante italiano de automóveis de alta cilindrada prepara a sua entrada num mercado mais ecológico, com um modelo híbrido. O modelo híbrido será uma variante do seu hiper desportivo Gallardo. A confirmação foi dada pelo CEO da Lamborghini Stephan Winkelmann numa entrevista concedida à revista alemã Automobilewoche.
Embora não se trate de um modelo 100% eléctrico, está confirmado que irá incluir um pequeno motor eléctrico que será usado em condições de tráfego mais intenso. O desempenho e as características mecânicas que fazem desta máquina infernal um veículo único não serão beliscadas.
Não serão porque o Lamborghini Gallardo híbrido irá permitir aos seus proprietários um uso total de 10 ou 12 cilindros, quando os condutores estiverem prontos para voar. Para se ter uma ideia do tipo de máquina que estamos a falar, a versão não híbrida do Gallard LP560-4 conta com as seguintes características:
- Motor V10 de 5,2 litros
- Potência de saída 412 kW a 8200 RPM
- 3,7 segundos dos 0 as 100 km/h
- Velocidade máxima de 325 Km/h
Ainda na entrevista concedida à revista automóvel., Winkelmann que a Lanborghini não está interessada para já em seguir um caminho de um modelo 100% eléctrico como a Mercedes, embora tenha deixado em aberto a possibilidade deste novo híbrido do fabricante italiano, poder ser um ensaio para um modelo eléctrico que especialistas referem poderá ser uma nova versão do seu clássico Murcielago.
Embora sejam pequenos e tímidos os passos pelos grandes construtores do ramo automóvel, é um facto incontornável que se começam a adaptar a um mercado cada vez mais sujeito a uma crise energética devido a uma escalada no aumento de preço do tradicional combustível fóssil. Claro que haverá sempre uma faixa social com um elevado nível de vida que sempre terá capacidade financeira para adquirir uma destas máquinas infernais.
Mas será que a crise toca na carteira de todos e mesmo quem tem possibilidade cada vez compra menos afectando os construtores de alta gama? Ou será isto apenas um elaborado golpe de marketing por parte da Lamborghini e outros fabricantes? SlashGear